Os bancos podem ter que reservar ainda mais capital depois que um estudo mostrou grandes variações na forma como os credores calculam os riscos em suas carteiras, disseram reguladores globais em uma última tentativa de restaurar a confiança no setor.
Embora as novas regras demandem que 7% do capital seja reservado como proteção, um banco pode inflar este indicador em até 2 pontos percentuais, dependendo de como usa o modelo de risco, disse o Comitê de Basileia em Supervisão Bancária nesta sexta-feira (5).
O comitê feito de reguladores dos principais centros financeiros irá examinar um número de opções como resultado de um estudo com 100 bancos, com dados extras das 32 maiores instituições do mundo sobre suas exposições a títulos soberanos, bancários e corporativos.
“Embora algumas variações em ponderações de risco devam ser esperadas com abordagens baseadas em modelos internos, a considerável variação observada merece mais atenção”, disse o presidente do Comitê Basel, Stefan Ingves.
O comitê apresentou várias opções políticas, como maior divulgação, orientação extra de supervisores e possível clarificação das regras vigentes.
No médio prazo, o comitê vai analisar se coloca restrições nos modelos internos utilizados pelos bancos.