(Rio) A Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada – CCASP – reuniu-se ontem no Rio de Janeiro para apreciar os recursos impetrados contra autuações de 23 agências bancárias. O valor total das multas chega a R$ 630.428 e as infrações mais comuns são falta de vigilantes, alarmes inoperantes, falta de plano de segurança para a unidade e transporte de numerário feito por bancários.
Gutemberg Souza Oliveira, da Fetec São Paulo e representante dos bancários na comissão, avalia que o alto número de autuações acontece porque os banqueiros preferem pagar as multas a contratar vigilantes. Com isso, são multados diversas vezes até quase chegarem a ser interditados. Nesse ponto, a interdição é convertida numa multa máxima de 20 mil UFIRs, que custa menos do que o gasto anual com salários e encargos dos vigilantes.
É preciso que os sindicatos fiquem atentos, já que há uma instrução da PF que determina a obrigatoriedade da presença de um vigilante no auto-atendimento sempre que não for possível observar de dentro da agência o que acontece no hall eletrônico. Como a polícia não tem contingente para fiscalizar todas as unidades bancárias, os sindicatos devem denunciar as agências que descumprem as normas.
Como funciona
A CCASP foi instituída pelo Ministério da Justiça em 1983 e é coordenada pela Polícia Federal. Fazem parte da comissão representantes da Febraban, dos bancários, vigilantes, empresas de vigilância, empresas de transporte de valores, empresas de formação de vigilantes, do Instituto de Resseguros do Brasil e do Exército.
A comissão é itinerante, revezando os locais onde se reúne. Isto dá a seus membros a oportunidade de conhecer os policiais federais dos diversos estados e, assim, obter um panorama melhor do que acontece em cada região do país.
Fonte: Feeb RJ/ES