Apesar da queda na taxa básica Selic, os juros bancários continuam elevados e não acompanharam o ritmo dos cortes promovidos pelo Banco Central. A constatação é do Procon-SP, que divulgou uma nova pesquisa na quinta, dia 21. A pesquisa foi realizada nos dias 5 e 6 de maio.
Segundo o Procon, a redução da Selic e as iniciativas do governo para diminuir o spread bancário ainda não surtiram os efeitos desejados. “Apesar da queda da Selic, das medidas do governo para incentivar a concorrência bancária e da resposta positiva por parte do mercado, os spreads ainda continuam altos”, adverte.
A pesquisa da fundação aponta que as taxas médias de juros bancários do empréstimo pessoal e do cheque especial em maio ficaram em 5,57% ao mês e em 8,89% ao mês, respectivamente. Os valores representam leve queda em relação a abril, quando os juros do empréstimo pessoal estavam em 5,74% e do cheque especial em 9,03%.
Dos dez bancos pesquisados, oito reduziram suas taxas no empréstimo pessoal e sete, no cheque especial. O levantamento foi feito com Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.
No empréstimo pessoal, o maior corte da taxa foi efetuado pelo banco Safra, de 1 ponto percentual, de 6,90% para 5,90% a.m, seguido por Nossa Caixa, com redução de 0,32 p.p., de 4,90% para 4,58% a.m. O Banco do Brasil, que tem sido pressionado pelo governo para reduzir suas taxas, alterou de 4,60% para 4,58% a.m., um decréscimo de 0,02 ponto percentual em relação a abril.
A Caixa manteve as taxas de empréstimo pessoal. Quanto ao cheque especial, a maior redução da taxa foi da Nossa Caixa, de 8,80% para 7,82% a.m., corte de 0,98 ponto percentual, seguido por Bradesco, que cortou 0,08 ponto percentual, de 8,44% para 8,36% ao mês.