(São Paulo) Uma semana depois da reunião da UNI sindicato global para discutir a venda do banco ABN/Amro, o diretor de recursos humanos do Royal Bank of Scotland (RBS), Neil Roden, – interessando na compra – confirmou que vai contatar a UNI com o objetivo de agendar uma reunião. Ele disse que vai manter um diálogo construtivo em todos os momentos da negociação. “Compreendemos os pedidos que foram formulados e vamos trabalhar com os sindicatos os mais estreitamente possível para garantir que as nossas propostas sejam entendidas claramente”.
Segundo a diretora da Contraf-CUT e funcionária do ABN, Deise Recoaro, os trabalhadores não vão admitir que a venda do banco resulte em demissões. “A Contraf-CUT está concluindo uma carta que será remetida para a alta direção do grupo ABN, na Holanda. Desde que a imprensa noticiou as negociações envolvendo a venda da empresa, os funcionários do banco perderam o sono com a possibilidade de demissões em massa”, comentou.
Segundo o responsável dos recursos humanos do Fortis, Michel Deboeck, o grupo tem relações de trabalho “muito construtivas” com os sindicatos e com os conselhos de trabalhadores. Já o responsável dos recursos humanos do Santander, José Luis Gómez Alciturri, referiu-se a uma comunicação construtiva existente com as organizações de representação dos trabalhadores.
“Esperamos que os banqueiros cumpram a palavra dada pela imprensa e que quem comprar o ABN garanta um diálogo sério com o movimento sindical em todos os países que o banco atua e não demita ninguém. No Brasil, o ABN já chegou com demissões e não vamos permitir que o banco vá embora ceifando mais empregos”, finalizou Deise.
Fonte: Contraf-CUT, com agências