Os bancos já fecharam 10.752 postos de emprego em todo o Brasil, no primeiro semestre de 2017, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados com maior incidência de saldos negativos. Planos de desligamento lançados por grandes Instituições Financeiras têm forte impacto no emprego no setor.
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Se analisarmos desde janeiros de 2016, observa-se saldo positivo somente no primeiro mês da série (janeiro de 2016). Desde então, foram registrados apenas saldos negativos.
A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 6.030 postos. A Caixa Econômica foi responsável pelo fechamento de 4.429 postos.
“Este grupo também é o que mais lucra no país e por pura ganância. Só com o que arrecadam com cobranças de tarifas de serviços prestados aos clientes, sem contar os ganhos com as demais operações financeiras, altamente lucrativas, daria para pagar todas despesas com os quadros de empregados e ainda sobraria muito dinheiro”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Desigualdade entre Homens e Mulheres
As 5.375 mulheres admitidas nos bancos nos seis primeiros meses de 2017 receberam, em média, R$ 3.576,00. Esse valor corresponde a 68,2% da remuneração média auferida pelos 5.249 homens contratados no mesmo período.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres é observada também na demissão. As 10.811 mulheres desligadas dos bancos entre janeiro e junho de 2017 recebiam, em média, R$ 6.519,00, o que representou 78,3% da remuneração média dos 10.565 homens que foram desligados dos bancos no período.