Bancos estão livres para decidir tarifas sobre o serviço de débito direto autorizado

FOLHA DE SÃO PAULO
REPORTAGEM LOCAL
FABRICIO VIEIRA

Os bancos tiveram liberdade para definir as características de seu serviço de DDA (Débito Direto Autorizado), bem como as tarifas que decidirem aplicar para seus clientes utilizarem o novo sistema, que estreia hoje.

De um modo geral, o DDA terá as mesmas características em todos os bancos. O cliente verá na tela do computador, do celular ou do caixa automático, quando checar sua conta-corrente, os boletos que há para pagar e quando vencem. Mas as instituições financeiras procuraram agregar algumas diferenças a seus clientes.

Quem aderir ao DDA deixará automaticamente de receber as cobranças impressas por meio do correio. Com isso, uma das dúvidas dos clientes é como saberão que uma nova conta chegou para ser paga.

Sidney Passeri, gerente-executivo da diretoria comercial do Banco do Brasil, afirma que os clientes da instituição estão tendo a oportunidade de “treinar” a utilização do DDA desde maio. “A partir de segunda [hoje], quando o cliente inserir o cartão na máquina de autoatendimento ou se conectar ao site do BB, irá receber uma mensagem na tela avisando se há novos boletos para serem pagos”, explica Passeri.

Rizaelcio Machado de Oliveira, gerente do departamento de produtos do banco do Bradesco, diz que os clientes solicitaram que “houvesse algum sistema de alerta”. Dessa forma, a opção do banco será a de enviar um e-mail ou um torpedo para avisar quando um novo boleto entrou no sistema.

Quem for cliente em mais de um banco poderá, se preferir, se inscrever no DDA de apenas um deles. E, por meio desse cadastro, terá acesso a todos os boletos que forem emitidos para ele, mesmo que sua origem seja em outro banco. Se a pessoa desejar se cadastrar em mais de um banco, para ver os boletos quando acessar qualquer uma de suas contas, também poderá fazê-lo.

Uma opção é o cliente solicitar que os boletos de terceiros (filhos, cônjuges) sejam direcionados para o seu DDA. Com isso, consegue centralizar as cobranças em só uma conta.

“Até 2010 esperamos ter alcançado uma adesão de ao menos 35% de todos os boletos eletrônicos”, afirma Passeri, do Banco do Brasil.

Pagamentos

Sandra Boteguim, diretora de produtos do Itaú Unibanco, diz que é importante as pessoas entenderem que o DDA não se trata de débito automático.

“O cliente recebe as informações dos boletos que vão vencer. Mas, se não der OK, os pagamentos não serão efetuados”, afirma.

Os bancos oferecem opções diversas para o pagamento desses boletos eletrônicos. O débito na conta-corrente ou poupança e no pagamento com cartão de crédito são as formas que devem centralizar o DDA.

“O fundamental é que, antes de mais nada, a pessoa seja cliente da instituição financeira e solicite sua adesão ao DDA”, afirma Boteguim.

Do mesmo modo que o cliente solicita sua entrada no DDA, se mudar de ideia, pode pedir para se desligar do sistema. Basta procurar o banco, solicitar a suspensão de seu cadastro e voltar a receber seus boletos impressos em casa.

O sistema não se restringe à pessoa física -está disponível também para pessoa jurídica, para quem o DDA funcionará da mesma maneira.
Ao menos em algo parece que os grandes bancos vão fazer a mesma opção no início do sistema: a não cobrança de tarifa para utilizar o serviço.

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