Universitários do Chipre protestam contra programa de resgate financeiro
Os bancos do Chipre reabrem nesta quinta-feira (28), após 12 dias fechados para evitar uma corrida de clientes. O funcionamento deve ser entre 7h e 13h (horário de Brasília).
Os correntistas não poderão descontar cheques, nem sacar mais de 300 euros por dia. As novas regras de controle de capital foram anunciadas pelo chefe de auditoria interna do banco central do país, Yiangos Demetriou, à transmissora estatal da ilha.
Demetriou informou ainda que os controles vão permitir uso ilimitado de cartões de crédito dentro do Chipre, mas determinam teto de 5.000 euros por mês no exterior.
Após aceitar um plano de resgate que exige o fechamento de um dos maiores bancos do país e o confisco de cerca de 40% de depósitos acima de 100 mil euros, o Chipre enfrenta ameaça de corrida bancária.
As medidas que estão sendo definidas pelo governo devem evitar que os correntistas retirem grandes quantidades de recursos dos bancos e aprofundem os problemas do sistema financeiro do país.
Nesta quarta, o governo do Chipre finalizou as medidas para restringir saques e movimentações financeiras.
“Vamos procurar a melhor forma de limitar a possibilidade de que grandes quantias saiam, e sem impor condições punitivas à economia, às empresas e aos indivíduos”, disse o ministro das Finanças cipriota, Michael Sarris, em entrevista na televisão. “Acho que as medidas estarão dentro dos limites da razão”.
O presidente do Banco Central disse mais cedo que controles “frouxos” serão aplicados temporariamente a todos os bancos. Antes, o ministro das Finanças afirmou que isso poderia durar semanas. Os bancos estão fechados desde dia 15 de março, quando o país começou a negociar o resgate.
Rússia diz que controle bancário não ajudará o Chipre
A Rússia, cujos cidadãos têm bilhões de euros depositados em bancos cipriotas, se mostrou contrária a regras rígidas de controle bancário.
“Se houver tais medidas, isso não irá fomentar a confiança, apenas provocar problemas adicionais para os participantes, para os depositantes”, disse o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, a jornalistas na noite de terça-feira, na África do Sul, onde participa da cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul).