(São Paulo) Pesquisa realizada pelo Procon-SP revelou em janeiro as taxas de juros cobradas pelos bancos teve um crescimento substancial nas operações de empréstimo pessoal. O Sindicato reforça a posição de que a interrupção na queda com a manutenção da taxa Selic, não justifica a majoração imposta por parte das instituições financeiras.
O levantamento considerou as taxas do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, Itaú, HSBC, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco, constatando um crescimento médio de 4,85% em relação ao mês de dezembro de 2007. Saiu de 5,36% e foi a 5,49% ao mês. A Selic está em 11,25%, ao ano, taxa mantida já há três reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).
“Além das taxas já serem muito maiores do que a Selic, os bancos querem mais. A variação de 4,85%, por exemplo, é maior do que toda a inflação do ano passado (IPCA 4,46%). Não há justificativa para os aumentos”, diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato de SP. “Além disso, os bancos têm que devolver para a sociedade mais do que devolvem hoje, pois ganham muito com ela. Há muito espaço para a queda dos juros”, completa.
O Banco do Brasil foi o que mais aumentou sua taxa para o empréstimo pessoal. Saiu de 4,5% para 5,5%, variação de mais de 22%. O Unibanco alterou de 5,87 para 6,59, crescimento acima de 12%.
Fonte: André Rossi – Seeb SP