Os chefes dos bancos centrais de 28 países, que compõem o Comitê de Basileia para Supervisão Bancária, pretendem chegam a um acordo “num futuro próximo” sobre as regras internacionais para tornar o setor bancário mais seguro. Mas, ainda existem disputas entre autoridades dos Estados Unidos e da Europa.
As novas regras devem tratar das preocupações de investidores e reguladores com o aumento dos índices de capital das instituições financeiras, medida considerada importante para a absorção de perdas futuras.
A ideia é adotar um piso que defina um limite para a flexibilidade dos bancos na avaliação dos riscos de seus ativos. O objetivo é impedir que eles subestimem o risco. Segundo o secretário-geral do Comitê de Basileia para Supervisão Bancária, William Coen, a calibragem exata desses limites é "uma questão difícil" porque terá impacto "em alguns bancos".
Autoridades europeias avaliam que a regulação vai exigir que seus bancos retenham mais capital e, portanto, limitem o crédito na região.
Os bancos europeus tendem a reter mais ativos nos balanços que os competidores dos Estados Unidos. Bancos americanos, por sua vez, securitizam uma ampla fatia de hipotecas, tirando-as de seus balanços, enquanto os europeus geralmente as retêm.
Coen disse que reguladores e bancos nacionais terão tempo para implementar o novo padrão, se e quando ele for aprovado.
Os bancos estão impacientes com a incerteza gerada pelos atrasos na finalização das regras. Desde o fim de 2014, o Comitê de analisa formas de restringir os cálculos internos de riscos das instituições financeiras.
Coen está otimista com a possibilidade de se chegar a um acordo em breve. "Todas as partes, incluindo o setor bancário, querem chegar a um acordo, tenho a esperança de que poderemos finalizar as reformas num futuro próximo", disse.
As informações são do Dow Jones Newswires