Bancos aumentaram tarifas antes da regulamentação, diz Procon-SP

Dados divulgados pelo Procon de São Paulo mostram que grande parte das instituições financeiras reajustou os valores de sua tarifas depois da entrada em vigor das novas regras do pelo Banco Central (BC), estabelecidas pela Resolução nº 3.518, em 30 de abril.

Segundo a pesquisa, a autorização do BC para a cobrança de renovação de cadastro (até no máximo duas vezes ao ano) prejudicou o consumidor, já que a maioria dos bancos (70% da amostra) cobrava pelo serviço uma vez por ano e agora passaram a fazer a cobrança semestralmente. Verificou-se também que nove instituições financeiras aumentaram o valor dessa tarifa – que variou de 156,41% a 433,33% – e uma passou a cobrá-la.

Outra constatação ruim para o consumidor: a tabela de serviços prioritários, ao juntar dois serviços em um único item, permitiu que as instituições financeiras nivelassem pelo valor máximo, como as transferências por meio de DOC/TED, que antes eram cobradas separadamente.

De positivo, o Procon-SP destaca o fato de a padronização da nomenclatura dos serviços prioritários ter possibilitado ao consumidor constate com mais facilidade as diferenças significativas nos valores das tarifas entre os bancos.

Inflação

O crescimento foi detectado também pelo IBGE, que divulgou recentemente a inflação medida pelo IPCA-15 de maio. O índice mostra que as tarifas bancárias estão entre os produtos não alimentícios que mais pressionaram a inflação do mês. Os serviços bancários aumentaram 5,28%.

De acordo com dados do IBGE, na seqüência dos itens cujos preços são medidos para composição do IPCA-15, vêm os artigos de limpeza, com variação de 1,67% e os salários dos empregados domésticos, com alta de 1,20%. Os remédios, com alta de 1,73%, também se destacaram na formação do IPCA-15 de maio.

O IPCA-15 é calculado pelos preços coletados entre os dias 15 de abril e 15 de maio e comparados aos registrados entre 15 de março e 14 de abril. O índice refere-se ao consumo das famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos.

Fonte: Contraf-CUT, com informações de O Dia e Agência Globo

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