Banco Real demite mais de 15 no DF só entre abril e maio deste ano

A recente aquisição do banco ABN Amro Real pelo grupo espanhol Santander tem gerado impactos negativos no quadro de pessoal do Banco Real em Brasília. Somente entre abril e maio deste ano, a Superintendência Regional da instituição financeira no DF demitiu mais de 15 bancários. O agravante é que os demitidos são bancários de carreira.

Em reunião solicitada pelo Sindicato para discutir o assunto, a Superintendência Regional do banco alegou que as demissões foram motivadas com base nos critérios de avaliação a que os funcionários são submetidos periodicamente, o que o Sindicato rebate. “Curiosamente, as demissões estão atingindo bancários com dez, 20 e até 30 anos de empresa; sem contar que é questionável o modo como são aplicadas as avaliações”, denuncia a diretora do Sindicato e funcionária do banco Rosane Alaby.

Com lucro líquido que somou R$ 652 milhões no primeiro trimestre de 2008, o argumento da direção do banco de que na base das demissões está também a redução de custo é outra falácia. “Não podemos admitir que o banco demita de uma hora para outra bancários com tanto tempo de banco se utilizando de argumentos extremamente duvidosos. Não dá para confiar, por exemplo, numa avaliação de que as pessoas não têm o retorno para saber seu desempenho”, questiona a diretora do Sindicato.

Os bancários têm denunciado ainda que, resultado dos desligamentos, aliado às pressões por metas, o clima nas agências é de constante apreensão e tensão.

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