O Banco do Brasil promoveu nos últimos dias uma série de transferências compulsórias de escriturários lotados em diversas dependências para outras na mesma praça, de forma arbitrária e sem nenhum comunicado aos funcionários.
Os sindicatos de todo o país estão recebendo denúncias de funcionários que ficaram sabendo que mudaram de agência apenas no dia seguinte à transferência, quando chegaram para trabalhar.
A Contraf-CUT questionou o Banco do Brasil, que respondeu que não havia queixas relevantes, segundo relato dos gestores. Contudo, nos locais de trabalho os funcionários sequer foram avisados que seriam transferidos.
Em Belo Horizonte, dois funcionários de uma agência tomaram conhecimento pelos colegas que abriram o sistema e os informaram que não pertenciam mais àquela dependência. Segundo o relato desses funcionários, nem o gerente geral sabia da remoção.
Nas regiões de Campinas e Bragança Paulista, funcionários aguardavam transferência para agências mais próximas às suas casas para amenizar a perda salarial provocada pela reestruturação e foram arbitrariamente transferidos para locais ainda mais longe sem nenhuma comunicação.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, é um absurdo o funcionário ser transferido arbitrariamente e sem o seu conhecimento. “Em casos como os de BH e Campinas, funcionários estavam com expectativa de promoção de vaga que surgiria internamente e agora essa expectativa é jogada no chão. O banco informou que faria a regularização de excessos nas praças, mas imaginávamos que os funcionários seriam ao menos avisados”, destacou Wagner.
