Menos de 15 dias depois de uma reunião entre o Sindicato dos Bancários da Paraíba e a Superintendência Estadual do Banco do Brasil na Paraíba, cobrando pauta urgente dos funcionários, inclusive com o Superintendente Antônio Carlos Servo afirmando que a implantação do novo modelo de atendimento não traria prejuízos para os funcionários, o BB anunciou a fusão da superintendência estadual da Paraíba com a do Rio Grande do Norte.
Ante o forte impacto do anúncio, que causou apreensão entre os funcionários, a diretoria do Sindicato dos Bancários convocou o Superintendente Estadual do BB na Paraíba, Antônio Carlos Servo, para uma reunião de urgência, nesta quinta-feira (20), para pedir esclarecimentos sobre a medida anunciada.
No Sindicato, o Superintendente esclareceu à diretoria que as medidas que estão sendo implantadas pelo Banco em todo país não afetarão em nada as agências, os funcionários e as carteiras no estado; à exceção do quadro de funcionários lotados atualmente na Super-PB.
A diretoria do Seeb-PB cobrou um olhar humanizado na realocação dos funcionários que não forem absorvidos na fusão. Antônio Servo se comprometeu de envidar todos os esforços para que esses funcionários tenham prioridade no preenchimento das vagas que forem surgindo.
Embora o Superintendente diga que a medida não afetará em nada, passando uma mensagem tranquilizadora aos funcionários, essa fusão anunciada ao apagar das luzes do governo ilegítimo e golpista, às vésperas da posse de mais um governo neoliberal é um escopo do que está sendo preparado: desmonte do Estado Brasileiro Nacional e a redução do papel do Banco do Brasil a mais um banco de mercado.
A retomada da cartilha neoliberal, filme que já vimos antes, retira dos bancos públicos o papel de fomentador do desenvolvimento nacional e das políticas públicas de inclusão social, retirando assim a sua importância para a sociedade, facilitando o processo de privatização.
Esse constante processo de mudança e reestruturação gera no quadro funcional medo, apreensão e incertezas, não só quanto ao seu futuro como o futuro da empresa. E isso nos remete a um passado terrível, na Era FHC, quando mais de 45 mil funcionários foram demitidos.
Ante a conjuntura adversa, às vésperas da posse de um governo conservador, precisamos estar unidos, mobilizados e preparados para resistirmos a toda e qualquer iniciativa de retirada de direitos e de desmonte das nossas estatais. Portanto, cada bancária e cada bancário que se sentir ameaçado e/ou prejudicado em todo esse processo de mudança deve denunciar ao sindicato.