Banco do Brasil reduz caixas e bancários perdem cargos

(São Paulo) Em 2007, os sindicatos organizaram manifestações contra a reestruturação do Banco do Brasil. Uma das medidas do banco contestada pelos trabalhadores foi a redução do número de caixas.

Para os funcionários que perderam seus cargos, o banco alegou que criou novas vagas de gerentes e assistentes e que todos teriam oportunidades de realocação. O Sindicato de São Paulo, porém, recebeu denúncias de que apenas estão sendo pagos o “esmolão”, um valor adicional no salário repassado por quatro meses.

“Os prejudicados devem procurar o Sindicato, pois vamos buscar uma nova negociação com a Superintendência e a Gepes para que as injustiças sejam revistas”, diz Ernesto Izumi, diretor do Sindicato de São Paulo, lembrando que o bancário que perdeu a comissão e a gratificação de caixa tem preferência em concorrências internas.

Reunião com terceirizada
Acontece no dia 29, às 17h, na sede do Sindicato de SP, uma reunião entre representantes dos bancários e os funcionários da extinta empresa Rio Azul, ex-prestadora de serviços administrativos do Banco do Brasil. A terceirizada é acusada de uma série de irregularidades e desrespeito aos trabalhadores.

A Rio Azul operava em todo o estado, com cerca de 600 empregados. Na capital, eram mais de 100. A reunião tem por finalidade orientar os funcionários a como lutar pelos seus direitos. “Diremos a eles como entrar na Justiça contra os responsáveis pela Rio Azul e contra o Banco do Brasil, já que este é co-reponsável pelos atos da terceirizada”, explica Ernesto Izumi, diretor do Sindicato e funcionário do BB.

Dentre as irregularidades estão: falta de contrato, de registro de trabalho, pagamento, salários e benefícios; ameaças para que os trabalhadores não procurassem ajuda na justiça ou no Sindicato; confinamento dos empregados em um quarto durante inspeção da DRT (Delegacia Regional do Trabalho); expediente em finais de semana, jornada acima das 10 horas; não pagamento de horas extas. Depois de a empresa ser extinta, seu dono e todos os bens materiais sumiram.

“Muito mais do que desrespeito com o trabalhador, o que já é inadmissível, a empresa demonstrou total falta de consideração com o ser humano”, acrescenta Ernesto.

Após muitas negociações com o banco e também com os funcionários, o Sindicato conseguiu a incorporação de parte dos trabalhadores na empresa Liderança, que assumiu no Banco do Brasil o trabalho que a Rio Azul executava.

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