“Banco do Brasil não é do mercado, é do Brasil”

Para coordenador da comissão de funcionários, Banco tem de valorizar seus funcionários e se preocupar com a sociedade

“Em seus pronunciamentos, o Fausto Ribeiro sempre diz que ‘o Banco do Brasil é do mercado e do Brasil’. Os acionistas sempre querem mais lucros. Isso significa redução de postos de trabalho e a consequente sobrecarga e adoecimento dos funcionários. Significa precarizar o atendimento aos clientes, não apenas com a redução dos funcionários, mas também com o fechamento de agências e o aumento das tarifas e taxas”, comentou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, sobre a distribuição de R$ 714,2 milhões de reais em juros sobre o capital próprio a título de remuneração antecipada aos acionistas da instituição, anunciado na manhã desta sexta-feira (27), em comunicado.

O valor é relativo ao segundo trimestre de 2022 e será pago com base na posição acionária de 13 de junho. “A sociedade e os funcionários (e o Fausto é um funcionário) não podem se deixar enganar que ‘o mercado’ quer o bem do Banco do Brasil e da sociedade. Eles querem lucro cada vez maior, mesmo se for necessário sacrificar os funcionários e o povo”, completou.

Fukunaga lembra ainda que já faz muitos anos que o banco apresenta resultados positivos. “O BB já passou pelas reestruturações necessárias para transformá-lo em uma instituição eficiente e lucrativa. As estruturações que vêm ocorrendo nos últimos três ou quatro anos são para saciar a sede de lucro dos acionistas minoritários e para preparar a instituição para a entrega do patrimônio público ao mercado, com uma possível privatização, ou perda de competitividade”, concluiu.

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