Valor Econômico
Fernando Travaglini
O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, afirmou que a instituição não pretende alterar a previsão de crescimento da carteira total de crédito para este ano, situada entre 17% e 20%.
Segundo ele, haverá uma mudança na composição, com avanço menor do que o esperado nas linhas de pessoas físicas, como consequência das medidas macroprudenciais, mas a expansão dos empréstimos para investimento deve surpreender positivamente e compensar a desaceleração do consumo, disse.
Segundo ele, já houve uma desaceleração da carteira de pessoa física, concentrada nas linhas voltadas ao consumo, mostrando que as medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central (BC) foram efetivas. Ele ponderou, no entanto, que o fomento às empresas está em aceleração e citou como exemplo as análises em curso para projetos de investimento, que subiram de R$ 60 bilhões, no começo do ano, para R$ 85 bilhões agora em março. O BC sinalizou um teto de 15% para o crescimento do crédito total do sistema financeiro neste ano.
Bendine disse ainda que a compra de um pequeno banco na Flórida, nos EUA, foi concluída, faltando apenas as assinaturas. “Eu diria que já está acertada. Estamos em fase de colher assinaturas”, disse.
Bendine foi confirmado ontem no cargo pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em pronunciamento conjunto na sede do banco, em Brasília. Mantega confirmou que haverá apenas uma alteração na diretoria, com a entrada do ex-senador Osmar Dias no lugar do vice-presidente de Agronegócios, Luis Carlos Guedes Pinto, que foi convidado para integrar a diretoria de seguros agrícolas.
