Banco do Brasil é assaltado em Maceió e parte da quadrilha é presa

A agência do Brasil, localizada na Avenida Menino Marcelo, no bairro da Serraria, vizinha ao supermercado GBarbosa, foi assaltada na tarde de sexta-feira (11) por uma quadrilha fortemente armada. Os bandidos invadiram a unidade, renderam clientes e funcionários, tomaram dinheiro (cuja quantia não foi especificada) e fugiram.

Os criminosos que estavam, segundo a polícia, no Fiesta de cor prata e placa MUV-8569/AL, também roubaram mais dois veículos (um Meriva de cor preta e um Gol de cor prata)para garantir a fuga.

De acordo com a Polícia Militar, os acusados de integrar a quadrilha foram cercados por PM”s da Radiopatrulha(RP), do Batalhão de Eventos (BPE), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do 4º Batalhão no condomínio Mendonça Uchôa, do PAR,bairro Santa Amélia, em Maceió.

Segundo relatos policiais, aproximadamente 10 homens participaram da ação criminosa.

Perseguição

O comandante de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Valdir, disse que a polícia chegou ao esconderijo da quadrilha – Conjunto Residencial Mendonça Uchôa, na Santa Amélia -, após um militar lotado na RP e que também estava entre as vítimas da agência bancária, segui-la em sua motocicleta.

“O policial foi assaltado, teve o dinheiro levado, mas seguiu os criminosos em sua moto e acionou os colegas. Foi quando chegamos a este conjunto com guarnições de quatro batalhões”, esclareceu o oficial.

Dentre os presos, quatro pessoas (três homens e uma mulher) já foram encaminhados para o DEIC da Polícia Civil. Estes teriam sido reconhecidos por vítimas e imagens feitas pelo circuito interno de TV do banco.Um deles não teria participação direta, mas seria o “olheiro” do grupo.

Prisões

Maria Sueli, esposa de Jackson, é levada pela RP (Foto: Dulce Melo)
Na Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) estão William Bispo de Jesus, de 26 anos, réu confesso. Ele saiu do presídio Baldomero Cavalcanti, no complexo prisional de Maceió, há três meses, onde cumpriu pena pelo assalto ao mercadinho São Domingos, no conjunto João Sampaio. Na ocasião ele fez reféns e levou um tiro na mão.

Também já na especializada está Maria Sueli da Silva Leandro Pereira, de 34 anos, esposa de Jackson Sabino Moreira, de 35(fugitivo) e dono do Fiesta de cor prata que teria transportado o dinheiro roubado. O “olheiro” foi identificado como Claudemir Eugênio Pereira e um outro homem reconhecido por meio de fotografia é Adeilson José da Silva Filho, este não foi capturado.

Outras cinco pessoas estão sendo procuradas pela polícia.

Vítimas

Quatro vítimas já foram ao Deic fazer reconhecimento.Uma delas o dono do veículo Gol de cor prata. Segundo o rapaz, que por receio pediu para não ser identificado, disse que estava na fila para fazer um depósito quando os homens entraram e um se aproximou. Perguntou se estava com dinheiro e ele disse que sim.

“Mas, ele anunciou o assalto e disse que só queria o dinheiro do banco. Depois perguntou se eu estava de carro e pediu a chave. Eu dei. Quando saiu ele apertou o controle do alarme e fugiu no veículo”- relata a vítima que diz morar no bairro Farol. O rapaz também falou que ainda conseguiu contar cinco pessoas armadas com revólveres e pistolas.

Mais dois homens, que ficaram sob a mira das armas dos assaltantes, que também pediram que seus nomes fosse mantidos em sigilo, disseram que tiveram celulares, porta-cédulas e joias levadas. Estes iam fazer saques.

“Eu disse que estava recém-casado e pedi para não levarem a aliança, mas eles disseram que não queriam saber de nada e tomaram meu celular, uma corrente e a aliança”, declara.

Segundo as vítimas, o bando se dividiu dentro da agência. “Um roubava somente celulares, joias, coisas pequenas. Outros dois foram para os caixas”, ressalta a vítima.

O veículo Gol foi abandonado e o bando seguiu em um Fox, no Fiesta e no Meriva. Mais à frente, o Gol e o Meriva foram abandonados e eles entraram em um Fox e um Pálio. Informações do comandante da operação, tenente PM Pantaleão, da RP,dizem que no Fiesta (de Jackson), segundo as vítimas, estavam os malotes.

“Então o Fiesta ia no meio e os carros escoltando. Uma coisa incrível que a vítima que estava seguindo falou é que no semáforo em frente aos Correios da Bomba do Gonzaga, eles obedeceram o sinal vermelho e ficaram parados. Como se tivessem medo de se dispersar”- detalha o oficial.

Jackson, apesar de não ter sido preso, foi reconhecido pelas vítimas e estaria em cima dos móveis do banco “dançando de alegria pelo resultado da ação”, diz o tenente.

Na hora da prisão ocorrida no bloco 12, do residencial, Maria Sueli justificou o encontro com o grupo dizendo que vende quentinhas e que morava no Forene, de onde se deslocou para vender comida aos demais.

“No entanto, sabemos que é esposa do Jackson, dono do Fiesta e que ele, por sinal, estava disfarçado de médico na hora do assalto”, informou o tenente Pantaleão, repassando o que foi colhido junto às vítimas.

Policiais do Deic teriam afirmado conhecer uma primeira formação do grupo. Ou seja, algumas pessoas já teriam sido presas, enquanto novos integrantes as substituíam mas, ao serem soltas, reforçaram a quadrilha.

A Polícia Militar envolveu 52 pessoas na operação, sendo 20 homens do Bope (cinco guarnições)comandados pelo tenente Rodrigo; mais 12 da Radiopatrulha (sob o comando do tenente Pantaleão que comandou toda a operação) e mesma quantidade do Batalhão de Eventos (BPE, este comandado pelo tenente Savile(com três guarnições cada) e mais oito pessoas do 4º Batalhão(duas guarnições)comandadas pelo capitão Santiago. Além deles, mais uma equipe do Gerenciamento de crises, formada pelas tenentes Joyce e Karleane e o sargento Dorvillé foi acionada para atuar caso existisse refém.

O Deic assumiu as investigações e agentes da especializada e do Tático Integrado Grupo de Resgates Especiais (Tigre) foram ao local das prisões.

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