Banco do Brasil diz que fará mais cortes de juros

Folha de S. Paulo

Apesar da interrupção nos cortes da taxa básica de juros, o Banco do Brasil pretende manter sua política de redução nos juros como instrumento para avançar sobre a concorrência e ganhar mercado. “Taxa de juros sempre vai ser o grande diferencial da concorrência”, disse o presidente do banco, Aldemir Bendine.

Segundo ele, o comportamento da inadimplência será determinante para os novos cortes. Perto de completar cinco meses no cargo para o qual foi indicado pelo presidente Lula para induzir a concorrência para redução dos lucros dos bancos, Bendine disse que o banco errou ao precificar um medo exagerado de calote no auge da crise. “O cenário para inadimplência é benigno.”

O Banco do Brasil também se prepara para lançar, até o final de setembro, uma grande reestruturação da área de seguros, que hoje está espalhada em cinco seguradoras diferentes. A ideia do banco é diminuir a quantidade dessas empresas e comprar participações de parceiros.

“Nossa captura de valor ainda é baixa se comparada com nossos concorrentes”, afirma Bendine. “Tem dois grandes mercados que são os grandes booms que vão acontecer. Um é o de financiamento imobiliário, e o outro é o de seguridade. São setores que não eram maduros no país. A indústria total de seguros é de 3% do PIB. Qualquer país com economia mais madura passa de 10% a 15%. Há uma possibilidade de crescimento grande. Todo mundo está se equipando para essa área.”

De acordo com o executivo, o BB tinha um modelo de participações com parceiros, que foi bem-sucedido 15 anos atrás.

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