O Banco do Brasil apresentou, na terça-feira (19), os detalhes da ampliação dos escritórios digitais para mais de cem novas praças, sendo basicamente no interior e regiões metropolitanas, em reunião com os representantes dos trabalhadores.
O banco informou sobre o processo de migração de carteiras para os novos prefixos, o que inclui a mudança de localidade para muitos funcionários.
Os sindicatos solicitaram informações sobre como está acontecendo o processo de nomeação e posse e impacto para os funcionários.
O banco informou que somente no primeiro dia, mais de 80% dos funcionários envolvidos já haviam feito a opção de migração de prefixos e que o processo está tranquilo até o momento, e que os problemas que surgirem nas bases sejam reportados para tentativa de solução.
Foram apresentadas as tabelas de migração de carteiras, bem como a lista das praças envolvidas.
Condições de trabalho
Os sindicatos apresentaram as reclamações dos funcionários em relação ao clima organização e a piora das condições de trabalho nos escritórios digitais. Foram apresentadas reclamações quanto ao grande número de clientes por carteira, bem como a pressão em relação às metas e ameaças de descomissionamento.
Também foram relatados os problemas detectados nas plataformas PJ, que tem dificultado a execução dos serviços de forma satisfatória.
Descomissionamentos
Os sindicatos apontaram a deterioração das condições de trabalho atrelada ao grande número de descomissionamentos, o que cria uma sensação de insegurança muito grande para bancárias e bancários.
Foi citada a manifestação dos funcionários em São Paulo em frente à Gepes, com participação de mais de 100 funcionários de escritórios digitais.
Um dos itens apontados pelos funcionários dos escritórios digitais é que a distância das Superintendências, na nova configuração, tem ocasionado cobranças mais exageradas e aumento das ameaças de descomissionamento, trazendo uma relação distante e descompromissada com o clima e saúde dos funcionários, por parte dos novos superintendentes nacionais.
PDG
Os representantes dos funcionários cobraram do BB atenção e retorno aos bancários e bancárias quanto aos pedidos de revisão do pagamento de PDG, pois tem chegado reclamações que os critérios são revisados sem comunicação prévia.
O Banco informou que tem procurado dar retorno aos funcionários.
A Contraf-CUT mais uma vez cobrou do Banco que haja negociação e contratação do PDG em acordo, algo que já acontece com diversos bancos, o que dá mais segurança sobre o modelo e regras utilizadas.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a preocupação principal em todo processo de mudança de prefixos é com a mobilidade e garantia dos cargos dos funcionários. “Estamos fazendo o acompanhamento das movimentações agora e continuaremos o monitoramento das condições de trabalho nessas unidades.”