Valor Econômico
Vanessa Dezem, de São Paulo
Para melhorar a qualidade do atendimento ao público, o Banco do Brasil e a Nossa Caixa, que se fundiram em definitivo ontem, com a conclusão da incorporação societária do banco estadual pelo federal, planejam investimentos de R$ 800 milhões em cinco anos, além da criação de 83 agências em 2010 no Estado de São Paulo.
“Fizemos estudos e percebemos que precisamos fazer um sério investimento na melhoria da qualidade do atendimento. Essa nova estratégia vale para todo o Brasil, mas começa por São Paulo”, afirmou o novo diretor para São Paulo do Banco do Brasil, Dan Conrado, sem no entanto fornecer o valor dos investimentos previstos para o país.
Segundo ele, depois de São Paulo, os recursos serão direcionados para os demais Estados do Sudeste, para a região Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nesta ordem.
Para conseguir a melhoria do atendimento, esses investimentos, segundo o executivo, serão destinados a melhorias em tecnologia, agências e pessoal. Deste modo, o Banco do Brasil planeja ainda a contratação de 1.500 novos funcionários para o Estado paulista, que já prestaram concurso, mas ainda não foram chamados.
Com a incorporação definitiva da Nossa Caixa, Dan Conrado passa a liderar a nova estrutura de gestão criada exclusivamente para o Banco do Brasil voltar suas atenções para o Estado de São Paulo.
“Nós vamos considerar o Estado nosso grande foco de operações”, afirmou o executivo do Banco do Brasil, que prevê um aumento de 25% para 35% da participação de São Paulo dentro dos negócios da instituição federal, sem no entanto projetar um prazo para essa meta.
A partir da incorporação, a Nossa Caixa se torna uma unidade “transitória” do Banco do Brasil, sob o comando de Gueitiro Genso. Essa unidade deverá ser incorporada “ao longo do tempo”, afirmaram os executivos do BB, que ainda não definiram o futuro da marca Nossa Caixa. “Essa questão envolve muitos estudos ainda”, explicou Conrado.
Demian Fiocca, que até segunda-feira presidia a Nossa Caixa, não vai assumir o comando da BBDTVM, administradora de recursos do Banco do Brasil. O executivo anunciou ontem sua intenção de voltar ao setor privado. “Em razão de uma decisão pessoal, de retornar para o setor privado, eu não aceitei o convite para o cargo.”
Segundo o executivo, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, fez um convite para Fiocca liderar a administradora depois que João Ayres Rabello Filho, que liderava o banco de investimentos, anunciou sua saída da instituição.
“Eu pensei: a instituição é muito boa, mas não aceitei o convite”, disse Fiocca.
Fiocca vai cumprir um período de quarentena de quatro meses e se negou a indicar qual instituição será o seu destino.