(Brasília) A confirmação da indicação de Roberto Figueiredo Guimarães pelo governador José Roberto Arruda (PFL) para a presidência do BRB, a ser sabatinado na Câmara Legislativa na próxima segunda 12, acende uma luz amarela entre os funcionários e o próprio destino do Banco de Brasília.
Essa preocupação pode se agravar muito, caso sejam conduzidos à nova diretoria do banco outros dois nomes também anteriormente aventados pela imprensa e nos bastidores políticos: Valdery Frota de Albuquerque e Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto.
Ambos são intimamente ligados ao núcleo banqueiro privatista mais selvagem e tiveram passagem na alta direção da Caixa, sob FHC, e da Nossa Caixa, sob Alckmin.
Lamentavelmente, a trajetória dessa dupla desfia um longo cortejo de acusações e críticas negativas, e é, certamente, de triste memória para os trabalhadores das duas instituições.
Indiciamento por gestão temerária e improbidade administrativa, prevaricação, contratações ilícitas, truculência, licitações fraudulentas ou inexistentes, privatização viciada de coligadas, assédio moral e agressividade contra os funcionários, entre outros itens similares, constam como acusação no "currículo" dessa dupla.
Um simples exemplo da gravidade envolvida pode ser verificado em matéria publicada pela imprensa. Leia a íntegra da matéria no site do Sindicato (www.bancariosdf.com.br).
Caso confirmados na direção do BRB, e considerando a falta de experiência como dirigente executivo de instituição bancária do nome apontado para a presidência, teremos uma forte tendência de ataque à melhor tradição do BRB.
O Sindicato atuará passo a passo para informar os funcionários no sentido de encarar uma perspectiva que se desenha contrária ao discurso de campanha de Arruda. Discurso que rezava respeito à empresa e a seus trabalhadores, como também pregava uma gestão "profissional" e de fortalecimento do BRB como banco público.
Trata-se de acompanhar ativamente a quem serviria esse tipo de "choque de gestão técnica".
Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília