O discurso de abertura para apresentação da proposta começou pela crise
Mesmo não sabendo o que é crise, os bancos insistem em usar da ‘desculpa do ano’ para não atender as reivindicações da categoria. No Banco da Amazônia não foi diferente, o discurso de abertura para apresentação da proposta começou pela crise, em seguida veio a mesma proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): reajuste salarial e de benefícios de 5,5% e pagamento de um abono no valor único de R$ 2.500,00, não incorporado ao salário.
“Vale destacar como positivo o fato de o Banco da Amazônia afirmar que vai seguir a Fenaban. Uma vez que em anos anteriores o banco sequer disse que iria seguir a Federação. Além de garantir a manutenção de outras conquistas, como a PLR Social. Porém, como foi a mesma proposta, já rejeitada ontem, por unanimidade, pela categoria em assembleia; recusamos em mesa e ratificamos o início da greve a partir do dia 6 de outubro em todo o Pará”, destacou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Para as demais cláusulas, o Banco da Amazônia ofereceu:
PLR Social – Manutenção da PLR Social de 3%, condicionada ao atingimento da meta de liberação de crédito de fomento no valor de R$ 5,6 bilhões. O valor da PLR total a ser distribuído aos empregados está limitado a 25% do valor destinado aos acionistas.
Antecipação de PLR – O banco concederá a antecipação de R$ 850,00 por empregado, através de crédito em conta corrente, a título de antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), compensável por ocasião da distribuição da PLR 2015.
Segurança bancária – O banco se compromete a criar uma comissão com a participação das entidades sindicais, para discutir em mesa permanente, assuntos relacionados ao tema.
Hora extra/ banco de horas – O banco se compromete a estabelecer uma política de hora extra com banco de horas, a ser construída com a participação das entidades até 31.12.2015, para implantação em 2016.
“A discussão sobre horas extras tem que ser um debate em mesa permanente e não um acordo coletivo como foi apresentado pelo banco, uma vez que não há um consenso sobre o tema, entre o banco e as entidades sindicais. Antes de se debater a hora extra, o banco precisa resolver os vários problemas do sistema de ponto eletrônico. Voltamos a defender nossa posição contrária quanto ao banco de horas. Horas extras tem que ser pagas”, afirmou o diretor da Contraf-CUT, Adilson Barros.
O Banco da Amazônia ainda apresentou um compromisso extra ACT:
Plano de saúde – Reajuste de 15% nas faixas salariais da tabela de reembolso, do programa ‘Saúde Amazônia’.
“Defendemos o patrocínio integral pelo banco do plano de saúde de seu funcionalismo e que essa garantia deve constar em acordo coletivo de trabalho e não apenas como um compromisso. Agora é greve e esse instrumento legítimo da classe trabalhadora só tem retorno positivo para os trabalhadores, quando os bancários e bancárias somam a essa luta e efetivamente suspendem suas atividades nesse período”, ressaltou o vice-presidente da Fetec-CUT/CN e empregado do banco, Sérgio Trindade.
Principais reivindicações no Banco da Amazônia:
Retomada do patrocínio ao Plano de Saúde;
Ajuste do Ponto Eletrônico com garantia do registro de jornada e pagamento das horas extras;
Implantação Imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR);
Mais contratações e melhores condições de trabalho;
Mais investimentos segurança bancária e prevenção contra assaltos e sequestros;
Combate ao assédio moral e a todas as formas de assédio no ambiente de trabalho;
Mais treinamentos internos para os empregados.