Banco Central decreta intervenção no BVA por violações às normas legais

O Banco Central decretou nesta sexta-feira (19) intervenção no banco BVA, especializado em crédito para companhias de médio porte, citando comprometimento da situação econômico-financeira da instituição. A intervenção ocorreu pouco mais de um mês depois que o Cruzeiro do Sul e o Prosper foram liquidados pela autoridade monetária.

Em comunicado, a autoridade monetária afirma que foram detectadas “graves violações às normas legais” e “descumprimento de normas que disciplinam a atividade da instituição”. Representantes da instituição e do BC não comentaram de imediato o assunto.

O BC decidiu pela liquidação dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper, em 14 de setembro, depois de ter feito o mesmo com o Banco Morada. Em 2005 foi a vez do Banco Santos.

A intervenção do BC acontece em um momento em que o governo está pressionando pela redução de custos de empréstimos e redução de tarifas bancárias. Alguns analistas dizem que bancos de médio porte são os mais prejudicados, já que a pressão pela queda dos juros pesa sobre suas receitas e encoraja práticas de empréstimo mais arriscadas.

Segundo o BC, o BVA detém 0,17 por cento dos ativos do sistema financeiro nacional e 0,24 por cento dos depósitos. A instituição possui sete agências nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

Em balanço de 2011 publicado em março, o BVA informa que fechou o ano passado com lucro líquido de 63,2 milhões de reais, queda de 29 por cento sobre o resultado positivo de 2010. Os ativos encerraram o exercício em 6,74 bilhões de reais, alta de 48,8 por cento.

Fonte contatada pela Reuters no final de agosto informou que o BVA havia fechado o primeiro semestre deste ano com prejuízo e que iria recuperar sua base de capital com uma injeção de capital de 300 milhões de reais.

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