- Encontro debateu conjuntura durante a campanha nacional da categoria
- Dirigentes ressaltam que bancos não responderam às reivindicações
- Evento discutiu necessidade de a categoria se mobilizar
Bancári@s do sul da Bahia se mobilizaram para discutir a Campanha Nacional da categoria no sábado (15). Eles participaram de um inédito encontro regional virtual que demonstrou a mobilização bancária na defesa dos direitos e por novas conquistas. O 30° Encontro Regional discutiu a Campanha Nacional e os desafios para enfrentar a crise social/econômica/sanitária que se espalha pelo país. O debate aconteceu através da plataforma Zoom e foi transmitido pelas principais redes da entidade sindical.
Participaram do encontro o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, e o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleyton Morais. A discussão foi mediada pelo diretor-executivo do SindiBancários, Carlos E. Coimbra. O debate abordou a situação política e econômica desde o governo Temer, que aprofundaram a crise, já no governo Bolsonaro.
Momento preocupante
Para Kleyton Morais, o cenário atual é extremamente preocupante. “Os bancos se preparam para diminuir custos, reduzir drasticamente o emprego bancário e manter os altos índices de produtividade”, alertou o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília.
Hermelino Neto, presidente Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, a Campanha Nacional entra num momento decisivo, pois até agora os bancos não apresentaram nenhuma resposta às reivindicações da categoria. “Pelo contrário, exibiram suas pautas que são a diminuição do tempo de cobertura para o adiantamento do auxílio previdenciário, a volta do ranqueamento individual das metas e até sobre a PLR fizeram uma provocação duvidosa”, declarou Neto, para quem é fundamental que a categoria aumente a mobilização.
“Estamos num cenário muito difícil com a crise sociopolítica e pandêmica; e requer firmeza para enfrentar os ataques do governo e dos bancos aos nossos direitos”, disse o coordenador-geral do SindiBancários, Moisés Araújo.
Privatização
Outro alerta foi feito pelo diretor-executivo do SindiBancários, João Climário, que é representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT ) na Bahia. “O momento é de unidade dos trabalhadores brasileiros e a categoria bancária deve intensificar as mobilizações nas agências e redes, tendo em vista que os bancos públicos estão sob ameaças de privatização”, ressaltou Climário. O diretor da CUT sinalizou que é hora de denunciar as práticas dos banqueiros.
Resoluções
O encontro 30 aprovou uma série de resoluções, como a renovação da convenção coletiva e o aumento real. Também decidiu seguir acompanhar as orientações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Campanha Nacional da categoria, participar das agendas em defesa da democracia, soberania nacional, direitos, emprego e dos bancos públicos.
Os bancários do Sul da Bahia também decidiram começar as manifestações nas ruas e nas redes em defesa da Caixa 100% pública; ampliar e intensificar a comunicação; manter a relação com outras categorias em luta; fiscalizar as agências para garantir o Protocolo Anti-Covid e realizar reuniões presenciais nas agências a fim de acrescer a mobilização.