Trabalhadores discutiram questão da 7ª e 8ª horas
O Sindicato dos Bancários de Brasília se reuniu na segunda-feira (2), com o BRB para mais uma rodada de negociação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Na ocasião, tratou-se quase que exclusivamente da questão das 7ª e 8ª horas.
Além dos dirigentes sindicais e dos diretores do banco, também estiveram presentes os funcionários representantes das diversas funções que devem ser enquadradas na redução da jornada: os supervisores Augusto Matheus, lotado na Gepoc, e Samantha Nascimento, lotada na Gesec, e o auxiliar Jorge Jansen, lotado na Ceser.
Durante a reunião, o Sindicato, juntamente com a comissão de empregados, apresentou sua reivindicação acerca do assunto: para os auxiliares administrativos, cuja proposta inicial do banco é a extinção da função e o pagamento de uma indenização de R$ 800 por um período de seis meses, a alternativa é a alocação dos atuais auxiliares na função de analista júnior dentro do novo PCCR. Esta alocação só se efetivaria após os atuais auxiliares serem aprovados em curso de formação e estágio para a referida função de analista júnior.
Para as demais funções, cuja proposta do banco consiste em reduzir a jornada com redução de salário, o Sindicato reitera sua posição com veemência de ser contra a redução salarial.
Os dirigentes sindicais apresentaram, juntamente com a comissão, a seguinte contraproposta: os atuais ocupantes das funções que serão enquadrados nas novas com jornada de 6 horas receberiam, além do VR da atual função, a diferença entre aquele VR e a atual remuneração a título de verba de caráter pessoal.
Exemplificando: um supervisor cuja remuneração atual é de R$ 6.830,11 ao ser enquadrado como analista sênior no novo PCCR receberia a remuneração proposta de R$5.500,00 e receberia uma diferença a título de caráter pessoal de R$1.330,11. Desta forma, se preservaria a atual remuneração. Para os que vierem a ocupar a função após a implantação do PCCR, a remuneração seria o previsto no novo plano.
Reivindicações
Diretor de Gestão de Pessoas e Administração do BRB, Jorge de Souza recebeu as reivindicações e se comprometeu em levá-las para a reunião da Diretoria Colegiada (Dicol) desta quarta-feira (4) que discutirá aspectos do PCCR. Após esta reunião, o banco fará novo encontro com o Sindicato.
O diretor de Atendimento e Distribuição do banco, Alair José Vargas Martins, também esteve presente na negociação. Tanto Alair quanto Jorge reiteraram a necessidade de adequação da jornada das referidas funções em 6 horas. Disseram que, apesar de a lei permitir a redução da remuneração até a mesma proporção da redução da jornada, o banco procurou apresentar uma proposta que não fosse tão traumática.
Afirmaram também que, em que pese a dificuldade da defesa da contraproposta apresentada pelo Sindicato, juntamente com a comissão, esta será levada à Dicol, e que certamente a Dicol terá a sensibilidade de, levando em consideração toda argumentação apresentada em defesa da contraproposta, procurar o melhor possível para o conjunto de funcionários que hoje ocupam estas funções, dentro dos limites orçamentários do banco, com prudência e responsabilidade.
CPVP
O superintendente de Recursos Humanos, Célio do Prado, afirmou que a diferença de 3,85% aplicado na verba CPVP entre os meses de março e agosto de 2011 serão pagos juntamente com o salário de abril. Esta diferença refere-se à correção do piso ocorrido naquele mês (março de 2011) de 3,85% que incidiu somente sobre os pisos, sendo que os funcionários que recebem a verba CPVP deixaram de receber esta correção neste período. A correção ocorreu somente em setembro de 2011 com a aplicação do índice negociado no acordo coletivo.
Informática
O Sindicato, preocupado com a situação de extrema dificuldade pela qual passam os funcionários do banco, especialmente os das agências, em função dos diversos problemas apresentados nos sistemas do banco, solicitou uma reunião com o diretor da área para buscar informações precisas sobre o que está acontecendo e sobre providências tomadas e a perspectiva de solução.
“A situação está se agravando, e os funcionários não estão mais suportando a angústia diante das dificuldades e dos embates com a clientela. Isto é ruim para o banco como um todo. É preciso solução e/ou pelo menos indicação de quando haverá solução”, afirma o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno, que também é bancário do BRB.