Bancários de todo o país começaram a decidir nesta terça-feira (4) a adesão à Greve Geral do dia 14 de junho, convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e pela frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. Assembleias da categoria no Pará e na Bahia aprovaram a adesão à paralisação.
“Será uma grande mobilização nacional contra a proposta de reforma da Previdência do governo. Se aprovada, esta reforma praticamente acabará com a possibilidade de o trabalhador se aposentar. Vamos às ruas para deixar bem claro para senadores e deputados que os trabalhadores não aceitam as mudanças que o governo quer fazer”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é membro da Executiva Nacional da CUT. “O governo acha que bancários, metalúrgicos, professores, trabalhadores rurais e os trabalhadores em geral são privilegiados, porque é quem essa reforma vai atingir duramente. Em especial às mulheres”, completou.
Em Belo Horizonte (MG), Guarulhos (SP) e Florianópolis (SC), a decisão será tomada no dia 6. Em Porto Alegre e nos demais sindicatos dos bancários filiados à Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi/RS), a deliberação sobre a adesão à Greve Geral também será no dia 6. No Ceará, a assembleia ocorre no dia 8, na Zona da Mata (MG), no dia 10, mesma data da assembleia dos bancários de Rondônia e do ABC Paulista.
Em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e em Dourados (MS), a decisão será no dia 11.
Em diversas cidades, a mobilização e a decisão são tomadas em conjunto com outras categorias em fóruns sindicais.
Conscientização
Além da Greve Geral, os bancários estão divulgando informações sobre os prejuízos que a reforma da Previdência pode causar aos trabalhadores, caso seja aprovada. A cartilha sobre a reforma da Previdência, produzida pela Contraf-CUT com seus sindicatos e federações filiadas, é distribuída não apenas aos bancários e bancárias, mas à população que transita nos principais centros comerciais das cidades-base dos sindicatos.
Audiências, seminários e debates e também são realizadas com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os prejuízos da reforma à classe trabalhadora.
Os bancários também coletam assinaturas no abaixo-assinado unificado das centrais sindicais contra a reforma e disponibilizam computadores nas ruas para que as pessoas calculem o tempo necessário para se aposentar, pelo atual sistema e pela proposta do governo. A ferramenta de cálculo foi desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Fonte: Contraf-CUT