Bancários saem às ruas de Piracicaba em defesa da democracia e do emprego

Bancários se mobilizam no Centro da cidade

Na manhã de terça-feira (15), Piracicaba acordou com 11 agências do Centro da cidade paralisadas. Em defesa da Democracia, do Emprego e do Salário, o Sindicato dos Bancários (SindBan) realizou ato em frente aos bancos Santander, Itaú, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Banco do Brasil. Foi o primeiro ato unificado das categorias com campanhas salariais do segundo semestre. A manifestação terminou com uma passeata pelas ruas do Centro.

O sindicato levou para os bancários e clientes informações sobre a Campanha Nacional Unificada da categoria, iniciada em 19 de agosto, e pediu seriedade dos representantes dos bancos no último dia da rodada de negociação, que será realizada nesta quarta-feira (16), que tratará sobre remuneração.

As principais reivindicações são reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7 de aumento real), PLR, 14º salário, garantia de emprego e ampliação das contratações, fim das metas abusivas e do assédio moral, medidas de segurança como dois vigilantes durante o expediente, instalação de biombos nos caixas e fim da revista íntima e combate à terceirização.

O presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, ressalta que o país todo sofre com os reflexos da crise, enquanto isso os bancos são o único setor da economia que continua com lucros. No primeiro semestre de 2015, os bancos obtiveram lucros de R$ 36,1 bilhões, o que equivale a 27,4% a mais do que no mesmo período do ano passado. “Esses resultados só são obtidos por meio do trabalho dos funcionários. Queremos que isso seja reconhecido em forma de remuneração”, destacou.

Paiva relata que há 15 dias os bancários não recebem o dissídio. “Esperamos uma resposta dos bancos. Se um cidadão deixa de pagar a sua fatura, ele paga juros, multa. A categoria só quer receber esse pagamento que é de direito e está atrasado”, disse.

Os 7 Pecados do Capital – O SindBan destacou, durante o ato, os sete pecados cometidos pelo setor financeiro, que caracterizam a exploração sem limites, mote da campanha deste ano – Mentira, Ganância, Assédio, Ostentação, Discriminação, Irresponsabilidade e Terceirização.

“A nossa luta é em defesa dos direitos dos bancários, mostrando os sete ‘pecados capitais’ do sistema financeiro. Esses problemas são enfrentados diariamente pelos bancários. Os principais bancos engordaram seus cofres em detrimento da categoria, cada vez mais adoecida por cumprimento de metas abusivas. Além disso, a ganância do setor financeiro atinge diretamente a sociedade, pois demite e não realiza contratações, prejudicando o atendimento aos clientes”, explica Paiva.

Ele ainda salienta que há expectativa de se fazer acordo salarial que atenda ao excelente trabalho que os bancários prestam aos bancos, sem que precise ir para um processo de paralisação. “Nosso foco é o acordo, mas até o momento os bancos estão intransigentes com as negociações, se não obtivermos um resultado teremos que ir para a luta em busca de melhorias para a categoria”, finalizou Paiva.

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