A Contraf-CUT retoma nesta quinta-feira, dia 11, às 11h, o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander. Desta vez, a reunião ocorre na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Participam representantes de entidades sindicais e Afubesp, discutindo a pauta de reivindicações encaminhada ao banco espanhol com base nas sugestões enviadas pelos sindicatos e federações.
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Segundo o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, trata-se do começo da negociação permanente com o banco depois do fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2010. “Vamos iniciar cobrando as pendências das reuniões anteriores, como as demandas visando a melhoria das condições de trabalho nas agências e a valorização dos trabalhadores com deficiência, dentre outras questões”, destaca.
Pagamento de horas extras
“Também vamos retomar o debate sobre as horas extras. O banco está pressionando os trabalhadores que prorrogam a jornada a compensar as extras dentro do mesmo mês, fazendo com que os funcionários sejam obrigados a deixar o trabalho de uma hora para outra. Há casos de caixas com horas extras para receber que chegam para trabalhar e no meio do expediente são mandados para casa. Reivindicamos o pagamento das horas extras realizadas para todos os trabalhadores”, defende a diretora do Sindicato dos Bancários de são Paulo, Rita Berlofa.
Reajuste de 7,5% para todos
A Contraf-CUT enviou no dia 14 de outubro um documento ao Santander cobrando a extensão do reajuste de 7,5% para todos os funcionários, a exemplo do BB, Caixa, BNB, Banco da Amazônia, Banrisul, Banpará e Banese.
“Considerando que os resultados apresentados pelo Brasil no terceiro trimestre correspondem a 30% do lucro do Grupo Santander em todo mundo reivindicamos a valorização de todos os trabalhadores com a aplicação de 7,5% de reajuste a todos que tinham salários superiores a R$ 5.250”, destaca Rita.
Sem redução da comissão de função
Ao reajustar os salários em 16,33% para os trabalhadores que estavam no piso e que recebem gratificação de função, o banco compensou a elevação maior do piso com a diminuição da comissão de função para que, desta forma, o reajuste total não superasse 7,5%.
A representação reivindica a aplicação do reajuste de 16,33% no piso e os seus reflexos na comissão de função, sem redução de valores, para dar cumprimento ao acordado na convenção coletiva.
Prorrogação do pijama até agosto de 2011
Também foram incluídas novas reivindicações. Uma delas é a prorrogação da licença remunerada pré-aposentadoria (pijama) até 31 de agosto de 2011. Conforme o acordo aditivo à convenção coletiva, o prazo acabou no dia 31 de agosto.
“O programa foi criado com o objetivo de evitar demissões no processo de fusão com o Real, o que ainda não terminou”, ressalta Marcelo Sá, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) da Contraf-CUT.
Garantia de direitos na integração tecnológica do Real
Outra proposta é a garantia de direitos trabalhistas no processo de simulações para a integração tecnológica das agências do Real. “O banco está fazendo testes em todo o Brasil, inclusive na madrugada de domingos, sem negociação prévia com os sindicatos e sem garantia de pagamento dos direitos dos funcionários”, denuncia Ademir.
“Reivindicamos que as simulações sejam previamente negociadas com os sindicatos, garantindo o pagamento de horas extras com acréscimo de 100%, direito a folga para cada dia trabalhado, reembolso das despesas de transporte e alimentação, presença de vigilantes nos dias de trabalho e fim dos horários incompatíveis e inseguros”, salienta o diretor da Contraf-CUT.
Reunião da COE Santander
Às 9h desta quinta, também na sede do Sindicato, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reúne para preparar as discussões com o banco.