Bancários respondem à Fenaban com greve forte em Campinas

Força no primeiro dia de greve

A greve dos bancários começou forte hoje (6) em Campinas e Região. Em repúdio à proposta da Fenaban, que prevê reajuste salarial de 5,5% e abono de R$ 2.500,00, os bancários dos setores público e privado cruzaram os braços em 159 locais de trabalho (agências e departamentos), sendo 90 em Campinas e 69 em 30 das 37 cidades que compõem a base do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região.

A forte greve atingiu locais de trabalho do Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Safra, Losango e Citibank; entre eles, os prédios do BB no Bonfim e Costa Aguiar, Caixa Federal Centro/Glicério, Itaú Moraes Salles, Costa Aguiar e Centro, prédio central do Bradesco e Santander Centro. E continua amanhã (7), segundo dia da paralisação nacional.

Os bancários rejeitaram a proposta da Fenaban, apresentada no dia 25 de setembro último, e aprovaram deflagração de greve durante assembleia realizada no último dia 1º, na sede do Sindicato. Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, “os bancários entraram com força total na greve. Contra o insulto, à intransigência, não tem outra resposta. É inaceitável reajuste rebaixado, que não repõe sequer a inflação de 9,88% registrada no período setembro de 2014 a agosto de 2015.

Em contrapartida, no primeiro semestre deste ano, a renda de tarifas do Bradesco cresceu 14,3%, a do Itaú, 11.1% e do BB, 9,1%, segundo a Proteste. E mais: o lucro líquido dos cinco maiores Bancos (BB, Caixa Federal, Itaú, Bradesco e Santander), também no primeiro semestre, atingiu a soma de R$ 36,3 bilhões; crescimento de 27,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em resumo, a proposta da Fenaban é a mais pura provocação e os bancários respondem no mesmo tom”.

O presidente do Sindicato cita ainda outro dado de recente estudo da Proteste (Associação de Defesa do Consumidor) com oito Bancos brasileiros. No período de janeiro de 2013 a agosto deste ano, o reajuste das cestas de serviços chegou a até 169%, quase oito vezes mais que a variação do IPCA no mesmo período, de 19,63%.

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