Chuva não intimidou protesto contra política desumana do Itaú
Apesar da forte chuva na capital cearense nesta quarta-feira, dia 23, os bancários do Itaú cerraram as portas de quatro agências no Centro de Fortaleza, em repúdio a política de demissões do banco, que somente nos últimos dois meses demitiu 20 funcionários no Estado. Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará estiveram à frente das manifestações de repúdio, pedindo a compreensão da população e explicando os motivos da paralisação.
Com muito som e animação, faixas e cartazes, além da distribuição de jornal específico à população, os bancários denunciaram a campanha de marketing do banco, que esconde a verdadeira face da instituição financeira que obteve o maior lucro líquido do ano passado entre os bancos brasileiros: R$ 14,6 bilhões. A propaganda do Itaú não mostra nem de longe a realidade vivida pelos bancários, com péssimas condições de trabalho.
As atividades das quatro unidades do Itaú de Fortaleza ficaram paralisadas durante todo o dia, como parte de uma campanha nacional, coordenada pela Contraf-CUT e encaminhada pelos sindicatos em suas respectivas bases, em protesto contra as demissões e o assédio moral.
Bancários repudiam demissões
Os bancários repudiaram as demissões do Itaú. “Só no Ceará foram colocados na rua 20 colegas do banco, sendo demissões injustificáveis, haja vista a alta lucratividade do Itaú nos últimos anos. Repudiamos também a precarização das condições de trabalho, pois são poucos funcionários para dar conta de uma demanda crescente de clientes, como também o pouco investimento em segurança bancária. Vamos pressionar o banco a estancar essas demissões e retornar à mesa de negociação para vermos as questões gerais da categoria”, enfatizou o diretor do Sindicato, Ribamar Pacheco.
Segundo o dirigente sindical, o Itaú está também na contramão da segurança ao retirar as portas giratórias, o que facilita a vida dos assaltantes e põe em risco a vida dos bancários e dos clientes. “Nos últimos meses, o Itaú tem sido um dos bancos mais visitados pelos assaltantes, fruto da facilidade após a retirada das portas giratórias”, concluiu.