Os bancários realizaram nesta terça-feira, dia 17, o ato de lançamento da Campanha Nacional 2010. A atividade começou por volta das 11 horas, com uma passeata da Candelária à Cinelândia.
Os sindicatos denunciaram à opinião pública os abusos cometidos pelos bancos contra funcionários e clientes. A manifestação teve carruagens e cavalos com alegorias e atores da Companhia de Emergência Teatral, que representavam os “sete pecados capitais” dos banqueiros (avareza, ira, inveja, soberba, luxúria, preguiça e gula).
O ato chamou a atenção de populares, que fotografavam o evento através de seus celulares. A TV Brasil fez a cobertura jornalística do evento.
“Os bancos lucraram mais de R$ 21 bilhões somente neste primeiro semestre. Os banqueiros têm a obrigação moral de atender às reivindicações da categoria, pois são os trabalhadores que produzem toda essa riqueza. Além de melhor salário, mais PLR e o piso do Dieese, queremos o fim do assédio moral e melhores condições de saúde e de trabalho”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar.
O sindicalista lembrou que a luta dos bancários é de toda a sociedade. “A população precisa saber que as filas nas agências e o atendimento precário são frutos da política de demissões nos bancos. Defendemos a contratação de mais funcionários para melhor atender aos clientes e de juros e tarifas mais baratos”, completou.
O diretor do Sindicato, Vinicius de Assumpção, ressaltou a importância da unidade da categoria. “Precisamos manter a unidade nacional, que desde 2003 tem sido o segredo do êxito de nossas campanhas salariais”.
Entrega da Minuta
Após a passeata, os sindicalistas foram à sede do Sindicato dos Bancos, na Avenida Rio Branco, para entregar a pauta de reivindicações da categoria.
Os bancários reivindicam 11% de reajuste salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil e piso de R$ 2.157,88. Para o tíquete-refeição, a cesta-alimentação e o auxílio-creche/babá, os trabalhadores querem o valor de um salário mínimo (R$ 510) para cada verba.
A categoria quer ainda o fim do assédio moral, mais investimentos em saúde e segurança, contratação de mais caixas para melhorar o atendimento à população e a regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal, através de um projeto de lei complementar que crie regras para as operações do sistema financeiro e garanta a participação de representantes da sociedade no Conselho Monetário Nacional.
“Vamos construir uma campanha forte e arrancar um acordo coletivo digno, mas, para isso, é fundamental a participação dos bancários nas atividades do Sindicato”, destaca o diretor do Sindicato, Marcelo Pereira.