Os bancários do HSBC no Brasil realizam nesta quarta-feira (21) uma jornada continental de luta por emprego e respeito. O destaque é a realização de um protesto nacional em Curitiba, onde fica a sede do banco inglês no País.
O objetivo é cobrar do banco inglês o fim das demissões e a implantação de uma política de valorização dos trabalhadores. A realidade é inaceitável. Há rotatividade de mão de obra, más condições de trabalho, pressão para o cumprimento de metas abusivas, sobrecarga de tarefas, carência de funcionários e ausência de perspectivas de carreira.
A mobilização foi decidida na 7ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais do Itaú Unibanco, Santander, HSBC e BBVA, realizada entre os dias 5 e 7, em Santiago, no Chile, e referendada na reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, ocorrida nos dias 12 e 13, em Curitiba.
A exemplo das recentes atividades realizadas no Itaú e Santander, a jornada também está sendo promovida pela UNI Américas Finanças e Comitê de Finanças da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS).
Uma edição especial do jornal Rede Global Bancária está sendo distribuída pelos sindicatos aos funcionários do banco, reivindicando melhores condições de saúde e trabalho.
O material também denuncia a apreensão com o futuro do HSBC. Os bancários se mostram preocupados com a possibilidade do banco deixar a América Latina. A observação ganha força quando é verificada a atuação no continente.
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“As manifestações tem como foco principal a manutenção dos empregos e a retomada das negociações da pauta específica com o banco”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. “Os bancários também querem garantir a melhoria das condições de saúde, segurança e trabalho, o fim do assédio moral, da cobrança de metas abusivas e das terceirizações e a revisão do modelo de previdência complementar”.
“Os funcionários querem ainda negociar uma política de remuneração, com a implantação de novos planos de cargos e salários (PCS) e a revisão dos atuais programas próprios de remuneração variável de distribuição dos lucros e resultados”, destaca Miguel. “Os bancários do HSBC exigem e merecem mais respeito e valorização profissional”, defende.