MS: Bancários de Campo Grande protestam contra reestruturações do BB

Bancários de todo o país realizam nesta sexta-feira (19), a manifestação do Dia Nacional de Luta contra as reestruturações do Banco do Brasil. Na capital sul-mato-grossense, o protesto é organizado pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, a partir das 9h30, na agência que abriga a superintendência regional do Banco do Brasil, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de maio.

Na programação, está prevista uma apresentação cultural para alertar a população sobre os riscos de uma série de mudanças previstas pelo banco, como o corte de mais de 1.200 caixas, que pode prejudicar ainda mais o atendimento nas agências.

O secretário de assuntos jurídicos do sindicato, Orlando de Almeida Filho, que é funcionário do Banco do Brasil, explica que a população e os bancários já vêm sofrendo desde o ano passado com as reestruturações e o plano de aposentadoria incentivada. Houve redução de mais de 10 mil trabalhadores e essas vagas não foram repostas.

“Nesse mesmo período, nós tivemos um número muito grande de denúncias no Banco Central por conta do mal atendimento do Banco do Brasil. O número de filas aumentou, os processos de abertura de conta, geração de crédito e análise de crédito estão mais demorados porque tem menos trabalhadores para desempenhar essas funções. Enquanto isso, os lucros do banco foram mantidos”, relata.

Nos nove primeiros meses de 2017, o lucro líquido do Banco do Brasil chegou a R$ 7,872 bilhões, saldo 45,1% maior do que o alcançado no mesmo período de 2016.

Reestruturação
Em 2017, o Banco do Brasil fechou mais de 500 agências, e transformou outras 400 em postos de atendimento. Recentemente, no dia 5 de janeiro, o banco anunciou novas ações que vão resultar em corte de cargos, desvio de função e redução de salários. As medidas estão sendo implantadas sem transparência e sem diálogo com as entidades que representam os bancários.

“O protesto é uma resposta da categoria bancária para a continuidade da reestruturação. É uma resposta do movimento bancário para deixar claro que nós não vamos permitir que os bancários sejam novamente penalizados com perda salarial e corte de postos de trabalho”, ressalta Orlando.

O secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato destaca ainda que as mudanças são parte do processo de desmonte das empresas públicas, em especial dos bancos públicos, promovido pelo Governo Federal, com a intenção de justificar a privatização de instituições que exercem um papel fundamental no desenvolvimento do país e na realização de políticas públicas.

“Defender os bancos públicos é defender os interesses do Brasil. Bancos como Caixa e Banco do Brasil estão em várias cidades do interior do país em que os outros bancos não estão. São instituições públicas que garantem o desenvolvimento social, cultural, econômico e tecnológico do nosso país”, finaliza.

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