Bancários protestam contra demissões do Santander no Rio Grande do Sul

Protestos contra 1.280 desligamentos feitos pelo banco em dezembro

Os bancários promoveram nesta terça-feira (18) um Dia Nacional de Luta contra as demissões em massa no Santander. As manifestações realizadas em todo o país denunciaram a falta de responsabilidade social do banco, que efetuou o desligamento de 1.280 funcionários às vésperas do Natal.

No Rio Grande do Sul foram agendadas 83 rescisões de contrato de bancários, sendo o maior número de dispensas registradas em Porto Alegre, com 32 demissões.

Desde o início da manhã desta terça-feira, sindicatos de todo o Estado realizaram manifestações contra as demissões no Santander. Houve também paralisações de bancários.

Nas cidades de Cruz Alta e Santo Ângelo, os sindicatos entregaram carta aberta e protestaram em frente às agências locais; em Carazinho, a agência permaneceu fechada até as 15h; no Litoral Norte, os bancários retardaram a abertura da agência de Torres até as 12h; em Rio Grande, no Sul do Estado, houve paralisação por 1h; em Novo Hamburgo, uma agência foi fechada das 11h às 12h. Já no Vale do Paranhana, os bancários fecharam das 8h às 16h a agência de Igrejinha, onde ocorreram duas demissões.

Em Porto Alegre, o Sindicato mobilizou seus dirigentes, que percorreram as agências do Centro. Uma carta aberta foi entregue aos clientes e usuários do banco, denunciando as dispensas e pedindo apoio e solidariedade para a luta dos bancários, visando suspender as demissões.

Perfil dos demitidos

Segundo levantamento feito por sindicatos de todo o país, entre os desligados há funcionários com mais de 10, 20 e 30 anos de casa. Muitos deles estavam próximos da aposentadoria, o que caracteriza uma prática discriminatória com os mais antigos de banco.

Além disso, vários desligados são gerentes e, portanto, com maiores salários, mostrando que, com as demissões, o objetivo é continuar fazendo rotatividade para reduzir ainda mais os custos e aumentar os lucros para remessa à Espanha.

Conforme análise do Dieese, 1.216 dos 1.280 funcionários desligados foram demitidos sem justa causa, o que significa 95% dos casos.

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