Paralisação no ABC contra fechamento de agências do banco inglês
O Dia Nacional de Luta no HSBC, como forma de demonstrar a insatisfação dos bancários com a postura do banco inglês, foi intenso nesta quarta-feira (23). Os trabalhadores também exigiram que a instituição amplie a rede de atendimento à população, contrate mais funcionários e interrompa o fechamento de outras agências.
Atualmente, o banco tem 866 agências no Brasil, 335 a menos do que em 1997, quando comprou o Bamerindus com a promessa de crescer e disputar o mercado brasileiro. Além do assédio moral, fechamentos e demissões, o HSBC também está transformando algumas agências em plataforma de negócios e anunciou a extinção de mais 20 agências até o fim deste mês de abril.
A agência de Várzea Paulista, base do Sindicato dos Bancários de Jundiaí, funcionará até esta sexta-feira (25). A entidade realizou reunião na agência de Caieiras na manhã desta quarta-feira, mas está percorrendo todas as agências da base durante este mês para alertar e esclarecer os bancários sobre os problemas com o banco. Os dirigentes sindicais já passaram pelas cidades de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista e nesta quinta-feira (24) a reunião será em Cajamar.
Em toda a base da Fetec-CUT/SP foram realizadas manifestações, com entrega de carta aberta à população e reuniões com funcionários. Em Guarulhos, Taubaté e ABC, agências foram paralisadas como forma de protesto.
Na capital paulista, 5 agências da região da Avenida Faria Lima foram fechadas e o protesto foi finalizado em frente ao Tower, onde fica a diretoria do banco.
“O HSBC precisa respeitar os clientes e bancários com condições dignas de trabalho, contratação e ampliação da rede de atendimento e por isso foi realizado esse Dia Nacional de Luta”, ressalta Alberto Maranho, diretor de Bancos Privados da Fetec-CUT/SP.
