Com o objetivo de pressionar os vereadores para rejeitarem a proposta do prefeito Gilberto Kassab, que aumenta o IPTU em até 60%, o Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou no inicio da tarde de terça-feira, 1º de dezembro,um protesto em frente ao prédio da Câmara Municipal. Em seguida, os bancários entraram no plenário para acompanhar a votação do reajuste abusivo do imposto.
“O prefeito quer aumentar o IPTU, mas não faz os investimentos que deve. A cidade está abandonada, a verba para a assistência social foi reduzida, a coleta de lixo está com problemas. O pior é que o aumento do imposto vai penalizar a população mais pobre. Como trabalhadores, os bancários estão exercendo sua cidadania e pressionando a Câmara para evitar essa sacanagem com o povo de São Paulo”, ressaltou o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, durante as manifestações. Ele afirmou que o Sindicato vai procurar outras entidades de representação dos trabalhadores e do movimento social para ampliar os protestos contra o aumento do IPTU.
Como sempre, o protesto dos bancários foi marcado pelo bom humor. Nas faixas espalhadas no plenário e na porta da Câmara, o prefeito Kassab ganhou um apelido: Taxab. Um grupo de atores representou o que significa o aumento do IPTU para a classe trabalhadora e para os mais ricos. Galhos de arruda foram distribuídos para a população em alusão ao governador do Distrito Federal e colega de partido de Kassab, José Roberto Arruda (DEM), envolvido num esquema de corrupção que veio à tona na semana passada.
Após um protesto, a oposição conseguiu inverter a pauta do dia na Casa, e a base governista na Câmara voltou atrás e apresentou um substitutivo que reduz o limite de aumento para estabelecimentos comerciais de 60% para 45% e dos imóveis residenciais de 40% para 30%. Pelo projeto origial, em algumas regiões, o IPTU do ano que vem poderia subir até 300%.
Outra mudança foi na isenção do imposto. Antes restrita a imóveis comerciais com valor até R$ 37 mil agora passa a atingir também imóveis de até R$ 60 mil. O texto também propõe a revisão da Planta Genérica de Valores (PGV) a cada dois anos, a partir de 2013.