Seguindo o calendário nacional de mobilizações em defesa dos bancos públicos, foi realizada nesta quarta-feira (01), de 8h às 9h, em frente ao Banco do Brasil do bairro Piçarra, zona Sul de Teresina, uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Bancários do Piauí que contou com faixas e dupla de emboladores para retratar a indignação dos trabalhadores por conta da retirada de direitos conquistados com muita luta e sacrifícios.
A diretora Francisca de Assis Araújo esclareceu que os bancários e a população sabem da importância dos bancos públicos, destacando que “vários segmentos encontram-se parados por conta da falta de investimentos nas estruturas necessárias para o desenvolvimento do país, dentre eles, habitação, saneamento, agricultura e microempreendedores”, ponderou.
Ela frisa que os bancários e demais trabalhadores estão lutando para que os bancos públicos sejam preservados e assim beneficiar a sociedade. “Isso porque os bancos públicos estão sem dinheiro para financiar os pequenos empreendedores, pois não há capitalização dos bancos públicos”, acrescentou. De Assis, mencionando que para o atual governo Temer, “atividade produtiva não merece atenção, mas o dinheiro está circulando na corrupção. Temos muito o que fazer e a luta continua”.
O vice-presidente Odaly Medeiros se dirigiu aos colegas bancários para dizer da importância de agregar nesse momento de luta. “Pois os bancos públicos são o patrimônio do povo e não podemos deixar vender, mas para isso temos que mudar o modelo político, pois o Brasil está ameaçado e precisamos do apoio da população”, justifica, comentando que o direito do trabalhador foi ceifado. “Fica aqui minha moção de repúdio”.
Diante de tudo o que foi dito pelos demais diretores, o presidente Arimatéa Passos fez questão de falar sobre a ameaça de fechamento das agências do BB da Piçarra (zona Sul), Rio Branco (Centro) e Dirceu Arcoverde (Sudeste), apesar do superintendente do banco afirmar que não há previsão disso acontecer. “Mas se a diretoria do BB determinar, ele não vai poder fazer nada, o que implicaria na transformação das agências em postos de atendimento com máquinas e redução do quadro de empregados”, lamenta.
Com a previsão de mudança com a implementação da nova Lei Trabalhista a partir do dia 11 de novembro que certamente vai reduzir muitas frentes de trabalho, pondo em risco muitas categorias, a Central Única dos Trabalhadores está organizando no dia 10/11 um Ato Público simultâneo em todo o Brasil. Em Teresina, será a partir das 10h, na Praça Rio Branco, centro da capital. “Com essa lei, vamos perder uma infinidade de direitos, principalmente nesse momento de dificuldades que estão passando os trabalhadores”, explica Arimatéa.
Para finalizar, ele disse que duas caravanas de diretores do SEEBF-PI vão estar mobilizando os trabalhadores neste dia 10/11 na região de Picos, como nas cidades de Valença e Paulistana.