Paralisação exige retomada das negociação com proposta decente
Os bancários se mantêm firmes no décimo dia da greve nacional por tempo indeterminado da categoria, nesta sexta-feira 8, em mobilização por valorização do poder de compra e melhores condições de trabalho.
Trabalhadores cruzam os braços em centenas de agências nas zonas central, norte, sul, leste, oeste, na Paulista e na região de Osasco. Diversos centros administrativos dos bancos, dentre eles o Banco do Brasil da Marambaia, os prédios do Itaú Unibanco na Praça do Patriarca e na Boa Vista. No Casp HSBC a paralisação aconteceu parcialmente.
Está dado o recado
A greve cresceu e vai aumentar ainda mais até que a federação dos bancos (Fenaban) apresente uma proposta decente aos trabalhadores que contemple aumento real, PLR e piso maiores, além de melhores condições de trabalho. Esse foi o recado enviado aos banqueiros por centenas de bancários que compareceram à assembleia realizada na Quadra na tarde de quinta-feira dia 7.
No nono dia de paralisação nacional, o movimento se manteve forte com a adesão de mais de 37.500 trabalhadores de 667 agências e 17 centros administrativos de todas as regiões de São Paulo e Osasco.
Segundo balanço da Contraf-CUT, permaneceram fechadas 8.280 agências nos 26 estados e no Distrito Federal, o que representa 41,8% do total das unidades em todo o país.
“Nosso movimento está crescendo a cada dia e vai aumentar ainda mais. Em todas as partes os bancários estão mostrando sua insatisfação com a proposta de reajuste rebaixado, de 4,29% da Fenaban”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
“Estamos dispostos a negociar, mas tem de haver a mesma disposição por parte dos representantes dos bancos. Está nas mãos dos banqueiros acabar com a greve. Essa demora em apresentar uma nova proposta apenas aumenta a indignação da categoria”, destaca Juvandia.