Bancários param agências do Itaú em Fortaleza contra horário estendido

Protesto contra medida unilateral e precariedade das condições de segurança

Os bancários paralisaram nesta segunda-feira, dia 26,seis agências do Itaú em Fortaleza, em protesto contra decisão da direção do banco de estender o atendimento nas agências até as 20 horas, sem oferecer as mínimas condições de segurança aos bancários e clientes. A paralisação aconteceu simultaneamente em todo o Nordeste, como forma de advertência, visando discutir a questão com a direção do banco.

“Nosso protesto é pela irresponsabilidade do Itaú que, de forma unilateral, está querendo expor seus funcionários ao risco. As agências que terão horário diferenciado têm alto índice de insegurança, como as agências do Centro de Fortaleza”, denunciou o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Ribamar Pacheco.

Para o dirigente, o grande problema é a extrapolação de jornada dos bancários. O banco não está contratando novos funcionários para esse horário estendido. Além disso, muitas agências que a direção do banco quer abrir até esse horário da noite ficam em locais reconhecidamente sem segurança.

O Itaú é um dos bancos que menos oferece itens de segurança nas suas agências. O banco recentemente retirou as portas de segurança (com detectores de metais) das suas unidades, deixando seus clientes e funcionários à mercê dos assaltantes.

Regime de escravidão

O horário estendido das agências do Itaú muda a rotina dos bancários, que ficam prejudicados na vida acadêmica, social e familiar. “O banco ignora tudo isso, querendo impor cada vez mais um regime de escravidão. Temos uma reivindicação histórica cujo atendimento das agências seria das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, onde os bancários não seriam explorados”, enfatiza Ribamar.

Segundo o dirigente sindical, a Fetrafi/NE e sindicatos irão acionar as Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs) e o Ministério Público do Trabalho para que o Itaú seja chamado à responsabilidade. Quanto à questão da segurança, os bancários vão acionar o Decon e Procon de cada Estado, exigindo o cumprimento das leis municipais de segurança bancária.

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