Bancários param agências do Bradesco em Rondônia por mais saúde

Mobilização no Dia Nacional de Luta

Os bancários de Rondônia paralisaram cinco agências do Bradesco nesta quarta-feira (4) marcando presença no Dia Nacional de Luta, promovido pela Contraf-CUT, federações e sindicatos de todo o país. Os protestos denunciam as dificuldades que os funcionários vêm enfrentando no atendimento médico, laboratorial, hospitalar e odontológico.

O atendimento ficou interrompido por uma hora, sendo duas agências em Porto Velho, duas em Ji-Paraná e uma em Cacoal. A pauta principal é o descaso do banco em resolver os problemas do plano de saúde – o Bradesco Saúde, defasado há mais de 22 anos – e o plano odontológico que, em alguns estados, nunca sequer existiu.

O presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), José Pinheiro de Oliveira, aproveitou para denunciar outros desmandos do banco, que comprometem a saúde física e mental dos funcionários. O Bradesco promove o péssimo atendimento a clientes e usuários e, sobretudo, desrespeita as leis que determinam o tempo de espera para atendimento nas filas e a obrigatoriedade de instalação de equipamentos de segurança dentro e fora das agências.

“Esta agência foi assaltada há algumas semanas, em um episódio que funcionários foram tomados como reféns. Na semana passada, a agência central do Bradesco de Ariquemes também foi assaltada, mas a porta giratória não detectou as armas dos criminosos e seus rostos não puderam ser reconhecidos porque as filmagens das câmeras de vigilância são de péssima resolução”, denunciou Pinheiro.

“O Bradesco não obedece às leis de segurança bancária e, nas agências que possuem alguns equipamentos de segurança, eles estão velhos, com defeito e não atendem o que seria o ideal para permitir a segurança dos trabalhadores e da população em geral”, mencionou.

O sindicalista também mencionou o tratamento desumano dispensado pelo banco aos seus funcionários, pressionando-os a vender produtos a qualquer custo para os clientes, a fim de cumprir metas impossíveis e, assim, promovendo o assédio moral, bem como a desvalorização e o desrespeito com os trabalhadores.

“A projeção para este ano é que o lucro do Bradesco chegue a R$ 15 bilhões. Ora, como pode um banco, que é um dos maiores da América Latina, possuir lucros crescentes todos os semestres e, ainda assim, não investir nos trabalhadores e não oferecer um atendimento de qualidade à população? A verdade é que o Bradesco, que em seu slogan destaca a palavra ‘Presença’, falta com sua responsabilidade social e, sobretudo, ainda desrespeita as leis”, acrescentou Pinheiro, citando a lei (Lei Municipal nº 1877/2010) que prevê o tempo de espera nas filas de, no máximo, 20 minutos em dias normais.

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