O HSBC continua desrespeitando os bancários em Belo Horizonte com reformas em suas agências sem resguardar a saúde de seus funcionários, clientes e usuários. Após o término das obras que traumatizaram os funcionários da agência Palácio das Artes, agora foi a vez da agência Belvedere passar por uma reforma surpresa para receber um dirigente do banco.
O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte esteve no local no dia 1º de abril e constatou que desde o dia 31 de março os funcionários trabalhavam inalando um forte cheiro de tinta e de verniz que intoxicou a todos causando tonteira, tosse e nariz irritado.
A obra começou após o fim do expediente ao público, quando uma empresa prestadora de serviços chegou no locale passou a quebrar e pintar, deixando poeira espalhada em toda a agência.
Apesar do fechamento da agência e da exigência do Sindicato de que os funcionários fossem direcionados para outra unidade, o Coordenador de Processamentos Operacionais (CPO) impediu a transferência dos bancários e os manteve no interior da agência que mesmo sem atendimento ao público não oferecia as mínimas condições de trabalho.
Mesmo com a intransigência do CPO que insistia em retirar as faixas do Sindicato que denunciavam a falta de condições de trabalho, os diretores do Sindicato resistiram, mantiveram os protestos e permaneceram na agência durante todo o dia.
Para o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC, Geraldo Rodrigues, a atitude do banco foi irresponsável, ao contratar a empresa para realizar a obra enquanto seus funcionários trabalhavam.
“Expor os funcionários às condições de riscos de intoxicação é um absurdo. Constatamos que havia uma funcionária grávida trabalhando e inalando o cheiro forte de tinta e verniz colocando em risco a sua saúde e a saúde do filho. O Sindicato não vai permitir que os trabalhadores do HSBC sejam obrigados a trabalhar naquelas condições e vai continuar fechando e denunciando o banco pelas irregularidades e descasos com seus empregados” ressalta.