Bancários param 296 agências em Curitiba no quinto dia de greve

Paralisação cresce no Paraná e pressiona bancos

A greve nacional dos bancários chegou nesta segunda-feira (23) ao seu quinto dia. Em Curitiba e região, além dos centros administrativos dos principais bancos, 296 agências ficaram fechadas, sendo 223 na capital paranaense e 73 em municípios da Região Metropolitana.

A paralisação já atinge 55% das agências bancárias da base do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e a estimativa é de que mais de 13,7 mil trabalhadores estejam de braços cruzados (75% do total de bancários).

Segundo o mapeamento do Sindicato, em Curitiba, os bairros com mais focos de paralisação são Centro, Centro Cívico, Alto da XV, Portão, Novo Mundo, Bacacheri, Bigorrilho, Rebouças, Parolin e Tarumã. Munícipios como São José dos Pinhais, Pinhais, Araucária e Piraquara também somam bancários em greve. Mais uma vez, trabalhadores da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil engrossam a paralisação.

Interditos negados ao BB e ao Santander

Contudo, os destaques do dia são os pedidos de liminar para interdito proibitório no Banco do Brasil e Santander, que foram negados pela Justiça. A categoria comemora as decisões que reiteram o direito de greve garantido por lei.

O BB entrou com pedido de liminar apresentando imagens das agências em greve e uma ata notarial. O juízo da 4ª Vara do Trabalho considerou impróprio o pedido, já que não há ameaça à posse do banco.

O juiz também considerou que se houver abuso do direito de greve deve ser questionado pelas pessoas e não pelo BB. “Ora, não é o Banco quem vai trabalhar ou acessar os serviços, mas são as pessoas! A posse não está e nunca esteve ameaçada”, descreve o juiz na decisão.

O Santander também entrou com pedido de liminar para interdito proibitório, apresentando imagens das agências em greve e ainda uma ata notarial para viabilizar o interdito.

No entanto, o juízo indeferiu o pedido de liminar, considerando os próprios fatos apresentados pelo banco. O juiz da 10ª Vara do Trabalho de Curitiba entendeu que é “óbvio que a greve significa a paralisação no atendimento, o que não significa que houve impedimento ou qualquer forma de coação a obstar o comparecimento de outros colegas ao trabalho”.

Assembleia

O Sindicato convoca assembleia de avaliação e organização para quarta-feira, dia 25, a partir das 17h, no Espaço Cultural e Esportivo.

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