Nesta sexta-feira, 13 de junho, os bancários retardaram até às 11h a abertura do expediente ao público em todas as unidades da Caixa Econômica Federal na capital paraibana, em protesto contra a rejeição da direção da instituição à contraproposta dos empregados sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS) e por melhores condições de trabalho.
Além do ato público realizado pela diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba, em frente à Agência Cabo Branco, os bancários fizeram paralisação parcial nas seguintes unidades da Caixa: Cefet, Cidade Antiga, Cruz das Armas, Epitácio Pessoa, Justiça Federal, Manaíra Shopping, PAB dos Construtores, Shopping Tambiá, Tambaú, Torre, Trincheiras e UFPB.
Na campanha salarial de 2007 a Caixa se comprometeu fazer a unificação das tabelas do PCS e contratar 3 mil funcionários até dezembro. Entretanto, além de não fazer as contratações prometidas, elaborou uma proposta de PCS que não agradou aos empregados. A direção da empresa rejeitou ainda quase todos os pontos da contraproposta elaborada pelos empregados, na reunião do dia 5.
Apesar de concordar em reduzir o número de níveis da tabela, aceitar as regras propostas pelos trabalhadores para as promoções por merecimento e a inclusão dos Técnicos Bancários Superiores (TBS) no novo PCS, a direção da Caixa insiste na vinculação do Plano de Cargos e Salários aos planos de benefícios da Funcef, negando a migração para a nova tabela aos bancários que estiverem no REG/Replan não saldado.
Para Lucius Fabiani, presidente licenciado do Sindicato dos Bancários da Paraíba e funcionário da Caixa, os representantes da empresa têm que avançar na aceitação de mais pontos da contraproposta dos bancários. “Os empregados não podem, nem devem aceitar essa condição discriminatória e absurda”, arremata.
A próxima rodada de negociação com os representantes da Caixa está agendada para a próxima terça-feira, 18, em São Paulo. Caso não haja novos avanços, os empregados realizam assembléias em todo o país, no dia 26 de junho, para eleger os delegados à plenária nacional.
“Vamos continuar mobilizando a categoria, através de protestos, atos públicos e paralisações até a Caixa acatar a contraproposta dos funcionários ou apresentar uma proposta satisfatória”, afirma o presidente em exercício do SEEB – PB, Marcos Henriques.
