Os bancários do ABC paralisaram nesta quinta-feira (23) as agências do Santander na rua Lucas Nogueira Garcêz, em São Bernardo do Campo, Piraporinha, em Diadema, e na rua Baraldi, em São Caetano do Sul. Elas ficaram com as portas fechadas durante todo o dia em protesto contra as práticas antissindicais do banco. A manifestação fez parte do Dia Internacional de Luta.
“O Santander entrou com várias ações judiciais no Estado de São Paulo contra a Contraf-CUT, sindicatos e Fetec-CUT/SP, buscando indenizações por danos morais, em razão das manifestações dos bancários contra as demissões e a falta de funcionários nas agências”, explica o presidente do Sindicato e funcionário do banco, Eric Nilson.
A atividade de hoje foi definida na 7ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, promovido pela UNI Américas Finanças e Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul, ocorrida entre os dias 6 e 8 de maio, em Assunção, no Paraguai.
Além do protesto contra as práticas antissindicais, os trabalhadores se manifestaram também contra as demissões ocorridas no banco, além da falta de funcionários nas agências e a sobrecarga de trabalho. “Esse descaso do banco com seus funcionários sobrecarregando cada vez mais os trabalhadores e, associado com a pressão por metas abusivas para a venda de produtos, vem piorando cada vez mais o desempenho dos bancários levando-os, inclusive, ao adoecimento”, disse Eric.
O Santander lucrou R$ 6,3 bilhões em 2012. Esse resultado significou 26% do lucro mundial do Santander. Em nenhum outro país, o banco ganhou tanto dinheiro. Mesmo assim, demite para reduzir custos, enquanto paga bônus milionários aos altos executivos e gasta milhões de reais com o patrocínio da Copa Libertadores e da Fórmula 1.