Após sequestro, nova paralisação no Bradesco em Minas Gerais
Os bancários paralisaram nesta segunda-feira (29) as atividades da agência do Bradesco em Lagoa Santa (MG) para exigir do banco providências em relação a falta de segurança. A unidade teve uma supervisora sequestrada na última quinta-feira, dia 25 de agosto.
O sequestro teve início na noite do dia 25 na casa da supervisora do banco. Além da gerente, os sequestradores fizeram reféns seus pais e seu noivo.
Os sequestradores forçaram a supervisora a ir, no dia seguinte (26), à agência onde trabalha, para que retirasse uma quantidade em dinheiro. Com a ajuda do gerente da agência, a vítima retirou do cofre do banco uma parte do dinheiro e levou aos bandidos, que a esperavam no município de Vespasiano (MG).
Após o ato suspeito, os funcionários desconfiaram e chamaram a polícia para impedir a retirada da segunda parte do dinheiro, exigida pelos sequestradores.
O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte tem denunciado a falta de segurança nas agências do Bradesco em reuniões com o banco realizadas desde janeiro de 2010, e somente em algumas unidades as providências foram tomadas.
Apesar de ser um dos bancos que mais lucra no país – com lucro líquido de R$ 10,021 bilhões em 2010 – e de possuir a segunda marca mais valorizada do Brasil, o Bradesco é um dos bancos que menos investe em segurança. Onde não há lei municipal, suas agências não possuem portas giratórias, com detector de metal, nem câmeras e muito menos vigilantes suficientes.
Para o funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato, Leonardo Marques, há muito tempo o Sindicato vem exigindo do banco investimento em mecanismos que garantam a segurança dos seus funcionários e clientes. “A paralisação de hoje foi reflexo da falta de compromisso e de responsabilidade do Bradesco que coloca em risco a vida de seus funcionários. Continuaremos cobrando do banco a instalação das portas giratórias com detector de metal nas agências que ainda não foram atendidas”, ressalta.