A demissão em massa de mil funcionários do Santander, sendo 11 em Alagoas, levou o movimento sindical a paralisar as atividades em várias agências do país, entre elas as três que funcionam na Rua João Pessoa, em Maceió. Desde o início da manhã desta quinta-feira (6), os bancários fecharam as unidades exigindo que o banco abra negociações e proceda a reintegração dos demitidos.
“É inadmissível que, às vésperas do Natal, o banco trate os funcionários dessa forma. Com os lucros bilionários que obtém no Brasil, que representam 26% do resultado mundial, não há por que dispensar trabalhadores”, disse Jairo França, presidente do Sindicato e funcionário do Santander.
Segundo ele, as demissões atingem principalmente funcionários com mais de 10 anos de casa, muitos oriundos de bancos adquiridos (Banespa, Real, Meridional, Noroeste), perto da aposentadoria e até pessoas com deficiência.
As manifestações e paralisações promovidas em âmbito nacional começaram na semana passada e se intensificaram nos últimos dois dias. A Contraf-CUT enviou carta ao presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, solicitando uma reunião para discutir a reintegração dos funcionários desligados, a manutenção dos empregos, a melhoria das condições de trabalho e medidas que ampliem o crédito e estimulem o crescimento econômico do país, como contrapartida social pelos excelentes resultados obtidos pelo banco no Brasil.
Também foi enviada carta ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, solicitando a adoção de medidas no âmbito do governo federal para estabelecer um diálogo social com o Santander, visando a reintegração dos desligados, a manutenção dos empregos e o fim da rotatividade.