O Itaú é feito para demitir. Com este lema, o atendimento da agência do banco na avenida Tancredo Neves foi suspenso pelos bancários nesta terça-feira (12), Dia Nacional de Luta.
Para o Sindicato dos Bancários da Bahia e a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, o banco alega que tem contratado funcionários, mas o número de demissões é bem maior. A cobrança do movimento sindical é constante.
A alta rotatividade impera junto com a redução salarial. “O Itaú tem demitido antigos bancários que possuem salários mais altos para contratar novos bancários ganhando pela metade”, afirma Elias Lopes, diretor do Sindicato.
Inclusive, na última sexta-feira (8), uma bancária que trabalhava na unidade, onde o protesto foi realizado, acabou sendo demitida sem nenhum motivo. Ela estava há 29 anos no banco, faltando apenas um ano para se aposentar. A atitude demonstra falta de respeito com o funcionalismo.
O banco aumenta cada vez mais as tarifas cobradas aos clientes. Tudo para compensar a redução dos juros e continuar com a lucratividade em alta. Com tanta demissão, os correntistas também são prejudicados com atendimento precário.
Foram 7.728 cortes de empregos nos últimos 12 meses. Somente de janeiro a março deste ano, o Itaú ceifou 1.964 empregos. O lucro de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre não intimida a organização financeira quando o assunto é demitir.
A falta de investimento em segurança e a insatisfação na mudança do horário de funcionamento das agências localizadas nos shoppings de Salvador foram apontados como problemas no banco.