Bancários paralisam agência do BB e distribuem picolés em Juiz de Fora

Os bancários do Banco do Brasil realizaram na manhã desta quarta-feira, dia 29, uma manifestação em repúdio às péssimas condições da agência localizada no Calçadão da Halfeld, em Juiz de Fora (MG). A ação que contou com a paralisação da agência por uma hora, teve apoio e dirigentes de sindicatos ligados à CUT.

Principal unidade do Banco do Brasil na cidade, o prédio que abriga setores importantes como a superintendência da instituição apresenta problemas em sua estrutura que afetam diariamente bancários e clientes: mobiliário deficiente, impressoras em número insuficiente e falta de um sistema de ar condicionado que refrigere com eficiência todos os cinco andares da construção.

“É um absurdo um banco que lucra R$ 12,1 bilhões em 2011 não oferecer um ambiente decente para seus funcionários e clientes. Clientes e funcionários já passaram mal dentro do prédio por causa do calor e nada é feito para resolver este problema” ressaltou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Juiz de Fora (Sintraf JF), Robson Marques. Além da entrega de panfletos, os bancários também distribuíram picolés para os funcionários e para a população.

O ato contra o BB teve a participação da população, que também denunciou as péssimas condições da agência, o tempo de espera nas filas e os terminais de auto atendimento que ficam constantemente fora do ar.

Problema antigo

Situação que se arrasta por mais de 10 anos, a falta de ar condicionado no prédio do BB torna o ambiente insalubre para todos os que trabalham ou freqüentam o local no período de altas temperaturas. Apesar de não ser a única agência da instituição que apresenta problemas com refrigeração, a situação da 0024-8 é agravada pela arquitetura do prédio que possui poucas janelas muitas estruturas de metal, que ajudam a reter o calor.

“Em tempos de tantas inovações tecnológicas, o Banco do Brasil precisa rever o modelo “agência cristaleira”, dependente de ar condicionado central, luminosidade baixa, demandando alto custo de energia, além da rigidez das linhas que desumaniza o ambiente. Apesar de muito mais antiga, a agência Halfeld projetada por Oscar Niemayer esbanja claridade” observa a diretora do Sintraf JF e bancária do BB Arcângela Salles, comparando as diferenças entre as duas agências, localizadas na mesma rua.

Segundo a dirigente sindical, a gerência local do banco está a par do problema e já efetuou algumas ações paliativas, adquirindo aparelhos de refrigeração portáteis e algumas impressoras, que ameniza, mas não chegam a solucionar o problema dos trabalhadores.

“O Banco do Brasil contrata seus fornecedores por meio de pregões eletrônicos. A escolha é pelo menor preço, mas deve haver garantia da qualidade do serviço. No caso do ar condicionado, muda a empresa, permanece o empregado, permanece o encarregado em Belo Horizonte e a péssima qualidade do serviço em todas as agências. Qual é o mistério deste contrato?” questiona a diretora do Sindicato.

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