Todo ano a situação se repete: empregados e correntistas sofrem com o calor insuportável dentro das agências da Caixa Econômica Federal. Por falta de manutenção, aparelhos velhos param de funcionar, outros nunca funcionaram e, assim, as unidades se transformam em verdadeiras sucursais do inferno.
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro percorreu várias agências e, entre outras, verificou o problema nas do Galeão, Freguesia, Alemão, Olegário Maciel (Barra), Cocotá, Jardim Botânico, Ipanema, Rosário e 14 Bis (Centro) e Saens Pena.
Em Copacabana, que estava há anos sem ar-condicionado, o split foi trocado recentemente. Mas, para a revolta de todos, o equipamento instalado era usado e não funcionou.
Na agência América (Barra), o ar-condicionado é insuficiente para garantir um ambiente climatizado e o resultado é um local onde todos suam, ficam estressados e indignados com tamanho descaso. Várias pessoas já passaram mal. Há ainda agências recém-inauguradas que estão sem o serviço, como a da Rua do Senado e Engenho de Dentro.
Autoatendimento
Em todas as agências citadas, os aparelhos não funcionam no autoatendimento. Há outras, como a da Voluntários da Pátria e Bangu, em que a climatização existe quando a agência está aberta, mas quando fecha, deixa a sala do atendimento eletrônico um verdadeiro forno.
Segundo o diretor do Sindicato, Paulo Matileti, um banco estatal, como é a Caixa, não pode tratar trabalhadores e clientes desta forma desrespeitosa. “São cidadãos que pagam seus impostos e merecem todo o respeito por parte da diretoria da empresa”, afirmou.
O sindicalista responsabiliza a direção da Caixa, mas, mais especificamente, a Gerência de Filial Logística do Rio de Janeiro (Gilog/RJ) pela grave situação. “A Gilog é o setor responsável pela logística, pelo pleno funcionamento dos equipamentos. O que ocorre é que trabalha com terceirizadas na manutenção, mas não faz uma fiscalização como deveria. O resultado é que todos os anos este transtorno se repete”, lembrou.
Matileti adiantou que o Sindicato vai solicitar uma reunião e cobrar da Gilog uma solução para o problema. “Caso isto não resolva, vamos fechar as unidades que não apresentem condições de trabalho”, adiantou.