Bancários no RS servem arroz e feijão em frente ao BC pela redução dos juros

O Sindicato dos banca´rios de Porto Alegre e região (SindBancários), em conjunto com a Federação dos Bancários do RS e várias entidades sindicais, promove um ato público nesta quarta-feira, dia 11, a partir das 10h, pela redução da taxa de juros e manutenção de empregos em frente ao prédio do Banco Central , no Centro de Porto Alegre (Avenida Alberto Bins, nº 348).

Durante a manifestação, organizada pela CUT-RS, os bancários servirão arroz e feijão à população para simbolizar o prato na mesa dos trabalhadores, como forma de estimular o emprego, a renda, o consumo, a produção e o enfrentamento da crise mundial. Os bancários também defenderão a regulamentação do sistema financeiro nacional.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa dos analistas de mercado é de que o colegiado reduza os juros dos atuais 12,75% para 11,75% ao ano. A votação do Copom será realizada à tarde, em Brasília.

Na última reunião, em janeiro, houve a redução de 1 ponto percentual. A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação, cuja projeção para este ano é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior da meta é de 6,5% e o inferior é de 2,5%

Para os trabalhadores, os juros precisam cair, a fim de remanejar recursos da especulação para a produção. De acordo com especialistas, cada ponto percentual a menos na Selic significa economia de R$ 15 bilhões, dinheiro da dívida pública que deve ser investido para o crescimento e a geração de empregos.

Além da queda da Selic, os dirigentes sindicais cobram a redução dos juros dos bancos e do spread bancário. De nada adianta baixar a Selic se os banqueiros continuarem sugando a economia com suas taxas que estão nas alturas.

Os bancários também defendem a regulamentação do artigo 192, da Constituição Federal, que trata do sistema financeiro nacional. A medida é necessária para definir o papel dos bancos públicos e privados e impor um rígido controle social à sua atuação, de forma a ampliar e baratear o crédito visando o desenvolvimento econômico e a geração de empregos.

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